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Glifosato: o que é e para que serve o defensor agrícola

O uso do glifosato elevou a produtividade e a rentabilidade nas lavouras de soja, milho e algodão, mas é associado a câncer e poluição ambiental

2 minutos de leitura

07/12/2021

O glifosato foi sintetizado pela primeira vez em 1950 como uma tentativa de desenvolvimento de um novo remédio, mas não obteve sucesso. Vinte anos depois, um químico da Monsanto descobriu que o produto era eficiente para eliminar ervas daninhas, o que levou ao patenteamento da substância sob o nome comercial de Roundup em 1974.

O produto se tornou um agrotóxico popular na década de 1990 com o lançamento de uma linha de sementes transgênicas. Contudo, seu uso de forma inadequada tem sido associado à contaminação do solo e de lençóis freáticos, bem como ao desenvolvimento de câncer, levando à proibição de sua aplicação em diversos países.

O que é glifosato?

Patente do Roundup expirou em 2000, quando surgiram outros agrotóxicos que utilizam glifosato como princípio ativo. (Fonte: Litepix/Shutterstock/Reprodução)

A substância química glifosato é o princípio ativo de diversos defensivos agrícolas e um composto organofosforado. A patente do produto expirou em 2000, e atualmente existem mais de 750 agrotóxicos que utilizam a substância. Ao ser absorvido principalmente pelas folhas das plantas daninhas, o agroquímico impede que os vegetais sintetizem as proteínas necessárias para seu crescimento, o que acaba levando os organismos à morte.

O glifosato é um herbicida?

Apesar de ter sido utilizado para limpar metais e sintetizado pela primeira vez como um medicamento, a utilização mais consagrada do glifosato é como herbicida. A substância é aplicada para matar certas plantas e gramíneas em curto prazo e elimina quaisquer plantas sobre as quais é aplicada, independentemente da espécie.

Para que serve o glifosato?

Glifosato tornou possível a técnica de plantio direto e seu uso foi impulsionado pelo surgimento da soja transgênica. (Fonte: Helga_foto/Shutterstock/Reprodução)

O glifosato atua no controle das plantas daninhas e dos restos vegetais de rotação de culturas. A substância também auxilia na decomposição de materiais orgânicos, contribuindo para a melhoria do solo a partir da reciclagem de nutrientes.

O defensivo agrícola, ao ajudar a formação da cobertura vegetal morta, proporciona benefícios como maior produtividade, redução de custos no uso de outros agroquímicos e fertilizantes, maior proteção contra o impacto das chuvas e melhor infiltração da água.

Quando o glifosato deve ser aplicado?

Como não atua na germinação de sementes, é um excelente produto para controlar ervas daninhas no plantio direto, e a morte das plantas ocorre entre 7 e 14 dias após a aplicação. A substância também é utilizada para dessecar cereais, feijão e sementes antes da colheita.

Por que o glifosato é o agrotóxico mais vendido no Brasil?

O uso do glifosato tornou viável economicamente a técnica de plantio direto no Brasil e no mundo. O produto tem baixa volatilidade, baixo teor de produtos químicos e custos reduzidos, o que possibilita uma utilização relativamente segura e acessível aos produtores rurais.

O defensivo agrícola se tornou amplamente aplicado com o uso de soja transgênica no Brasil, autorizado definitivamente em 2005 pela Lei de Biossegurança Nacional, tendo proporcionado ganho de produtividade nas lavouras. No início da década de 2010, 93% da área plantada do grão já utilizavam o organismo modificado geneticamente resistente ao glifosato, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Fonte: Agropos, Ecycle, Sementes Fiscalizadas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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