Summit Agro
Bioinsumos: o que são e para que servem?
Com capacidade de aumentar a produtividade e reduzir impactos ambientais, os bioinsumos são a aposta para o futuro
2 minutos de leitura 02/07/2020 - 09:57
De acordo com a CropLife Brasil, o mercado de bioinsumos movimentou, em 2019, cerca de R$ 657 milhões em biodefensivos. Diante do crescimento da procura por esses produtos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem desenvolvido medidas para fortalecer o setor.
Uma delas é o Programa Nacional de Bioinsumos, que visa melhorar a oferta de insumos biológicos, oferecer suporte técnico e fomentar pesquisas sobre a implantação desse manejo sustentável nas lavouras. Além disso, o programa tem o intuito de acelerar a criação de normas reguladoras para incentivar o surgimento de novas empresas no setor.
Em parceria com o governo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) dispõe de 600 pesquisadores que atuam em frentes direcionadas ao controle biológico de pragas e ao desenvolvimento de inoculantes para a fertilização do solo.
O que são bioinsumos e quais são os seus benefícios
Os insumos biológicos (ou bioinsumos) são produtos feitos a partir de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais e utilizados nos sistemas de cultivo agrícola para combater pragas e doenças e/ou para melhorar a fertilidade do solo e a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Por apresentar baixa toxicidade e ser biodegradável, esse tipo de insumo promove a agricultura sustentável e reduz os impactos em comparação com os agroquímicos comuns.
Como exemplo de bioinsumos, podemos destacar:
- os agentes biológicos de controle: organismos vivos que promovem o controle das pragas de maneira natural na função de predadores e inimigos naturais;
- os bioestimulantes: produtos feitos a partir de substâncias naturais que podem ser aplicados nas sementes, no solo ou nas plantas para melhorar o desempenho, a germinação, o desenvolvimento das raízes e demais processos fisiológicos das plantas;
- os biofertilizantes: produto composto por componentes ativos ou substâncias orgânicas animais, vegetais ou microbióticas, que atuam aumentando a produtividade e a qualidade das plantas;
- os condicionadores biológicos de ambientes: substâncias que melhoram a atividade microbiológica dos ambientes de produção;
- os inoculantes biológicos: uso de microrganismos com foco na intensificação do processo natural de fixação biológica de nitrogênio e outras características benéficas para o desenvolvimento das plantas.
Em comparação com os produtos convencionais e não biológicos, os bioinsumos oferecem vantagens que vão além de seus efeitos diretos. Em longo prazo, a substituição tende a favorecer o agro do futuro, viabilizando a sustentabilidade na produção agrícola e a preservação da natureza e do meio ambiente através da redução de impactos ambientais.
Além disso, os biológicos ajudam a aumentar a produtividade mantendo a segurança alimentar, o que agrega valor ao produto final. A redução de custos com aplicações intensivas de defensivos e fertilizantes também reflete diretamente na rentabilidade e na margem de lucro da lavoura.
Expectativas para o setor
De acordo com a Embrapa, o mercado global de bioinseticidas faturou US$ 3,4 bilhões em 2016. Para 2021, a estimativa é de que o setor alcance a marca de US$ 7,5 bilhões de faturamento.
Diante da diversidade biológica registrada no Brasil, das medidas de incentivo do governo, das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e do interesse dos produtores diante dos benefícios econômicos e ambientais, há uma grande expectativa de crescimento e evolução na cartela de produtos e na tecnologia dos bioinsumos para os próximos anos.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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