Summit Agro
6 passos para um agronegócio mais sustentável
Após acordos firmados na COP-26, aumenta a exigência de sustentabilidade nas atividades do agronegócio
3 minutos de leitura 27/12/2021 - 15:00
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A sustentabilidade se tornou um tema ainda mais relevante para o agronegócio brasileiro após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26). O Brasil assinou a declaração do Diálogo Forest, Agriculture and Commodity Trade (Fact), com outros 26 países e a União Europeia.
O grupo definiu elementos centrais para a produção agropecuária cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris e atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que envolvem ações para:
- o comércio e desenvolvimento de mercado de commodities, apoiando empregos e garantindo a preservação dos ecossistemas;
- o apoio ao pequeno produtor para atender os padrões ambientais mais elevados;
- sistemas de rastreabilidade e transparência que permitam certificar os produtos sustentáveis; e
- pesquisa, desenvolvimento e inovação.
O Diálogo FACT também prevê que os esforços para reduzir a expansão do uso de novas áreas pela agricultura devam ser acelerados, ao mesmo tempo que deve ser intensificado o uso de técnicas sustentáveis no campo. Para isso, o conhecimento sobre inovações, tecnologias e práticas agrícolas de baixas emissões devem ser disseminados e adotados pelos produtores.
Agricultura de baixo carbono
O Brasil espera que, até 2050, a economia brasileira seja totalmente neutra em carbono, contando com uma grande contribuição do agronegócio. O País tem uma ampla experiência na produção agrícola com sustentabilidade e, desde 2011, tem um conjunto de políticas para a Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Programa ABC), que prevê a adoção de tecnologias capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Conheça, as seguir, seis técnicas que podem ajudar a tornar o agronegócio mais sustentável:
1. Recuperação de Pastagens Degradadas
Existem 140 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Essas terras em processo de erosão podem ser recuperadas, possibilitando a implantação de novas lavouras sem a necessidade de desmatamento — ainda que legal — para expandir a produção agrícola.
2. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Sistemas Agroflorestais
A associação da produção agropecuária com a manutenção da floresta em pé pode garantir um aumento de produtividade, além de garantir a preservação ambiental. Esses sistemas produtivos podem ser utilizados em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, com benefício mútuo para todas as atividades.
3. Sistema Plantio Direto
O Plantio Direto possibilita a semeadura com a necessidade reduzida de revolvimento da terra com máquinas, diminuindo a erosão do solo e propiciando uma maior economia de água. A adoção de rotação de culturas e cobertura do solo com palhada garante mais nutrientes para as lavouras.
4. Fixação Biológica do Nitrogênio
A Fixação Biológica do Nitrogênio é uma alternativa sustentável para substituir o uso de nitrogênio, a partir da interação natural das bactérias com as plantas. Com isso, os custos e o impacto ambiental da agricultura são reduzidos.
5. Florestas Plantadas
Florestas podem ser plantadas para produzir madeira, celulose, papel e carvão vegetal, garantindo a geração de renda e o aumento do sequestro de carbono da atmosfera. Além de aumentar a oferta de madeira para fins industriais, a prática reduz a pressão de desmatamento de áreas nativas.
6. Tratamento de Dejetos Animais
Os resíduos de suínos, bovinos e aves podem ser uma fonte extra de receita para as propriedades rurais, ao propiciar a produção de energia e biofertilizantes. O tratamento dos dejetos reduz a poluição da água, com o lançamento de material orgânico, e do ar, devido à emissão do gás metano por animais.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
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