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Economia

Trump oficializa tarifa contra café e carne do Brasil; laranja fica de fora

Tarifa adicional será de 40% e medida entra em vigor em sete dias

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Redação Agro Estadão | Atualizada às 19h12

30/07/2025 - 16:36

Foto: The White House/Divulgação
Foto: The White House/Divulgação

O governo Trump oficializou nesta quarta-feira, 30, a imposição da tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, incluindo café, carne, ovos, frutas, cacau e açúcar, principais itens da pauta de exportação do agronegócio brasileiro para os Estados Unidos. O suco e a polpa de laranja, celulose, madeira tropical e castanhas, no entanto, foram excluídos do tarifaço, segundo o texto da ordem executiva divulgada pela Casa Branca.

A tarifa anunciada é menor que os 50% inicialmente prometidos por Trump, mas soma-se aos 10% em vigor desde abril. De acordo com o documento, a nova alíquota passa a valer a partir de sete dias após a data da publicação da ordem. A medida vai afetar produtos importados que entram para consumo nos EUA ou sejam retirados de depósitos a partir das 00h01 (horário de verão do leste).

O governo justificou a medida com base em ‘ameaças à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos’ supostamente representadas por ações recentes do governo brasileiro.

Tarifa ameaça setores estratégicos, diz Amcham

Com base em dados oficiais da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC), a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) calculou que a lista de exceções publicada pelo governo dos EUA contempla 694 produtos. Isso representa US$ 18,4 bilhões em exportações brasileiras em 2024, esse valor corresponde a 43,4% do total de US$ 42,3 bilhões exportados pelo Brasil para os EUA, de acordo com a análise da entidade.

Embora essas exceções atenuem parcialmente os efeitos da tarifa de 50% anunciada, a Amcham reforça que ainda há um impacto expressivo sobre setores estratégicos da economia brasileira. “Produtos que ficaram de fora da lista continuam sujeitos ao aumento tarifário, o que compromete a competitividade de empresas brasileiras e, potencialmente, cadeias globais de valor”, destaca o comunicado.

Neste contexto, a Amcham Brasil reafirma o seu posicionamento de que divergências comerciais devem ser tratadas por meio de diálogo construtivo em alto nível, visando a preservação da histórica relação econômica e diplomática de mais de 200 anos entre Brasil e EUA.

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