Guia completo de tipos de fertilizantes para colheitas fartas | Agro Estadão
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Guia de tipos de fertilizantes para colheitas fartas. Saiba como escolher

Com importação recorde de 41,34 milhões de toneladas, o Brasil aposta em fertilizantes minerais, orgânicos e organominerais

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Redação Agro Estadão*

05/05/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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A base de uma colheita próspera? Solo bem nutrido. E um dos seus melhores aliados nessa tarefa são os fertilizantes. É preciso entender que tipos de fertilizantes diferentes podem otimizar a nutrição das plantas para resultados melhores e mais lucrativos. 

O consumo de fertilizantes no Brasil em 2024 foi de 45,61 milhões de toneladas, representando uma leve queda de 0,5% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

Desse total, as importações de fertilizantes intermediários atingiram 41,34 milhões de toneladas, também um recorde histórico, enquanto a produção nacional somou 7,21 milhões de toneladas, com alta de 3,8% em relação a 2023. 

O Mato Grosso foi o estado que mais consumiu fertilizantes, com 9,77 milhões de toneladas, seguido por Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

O que são fertilizantes e qual sua função na agricultura?

Fertilizantes são substâncias que fornecem nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. 

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Eles atuam como suplementos alimentares, proporcionando os elementos necessários para as culturas poderem crescer de forma saudável, desenvolver-se adequadamente e produzir frutos em quantidade e qualidade satisfatórias. 

As plantas, assim como todos os seres vivos, necessitam de uma variedade de nutrientes para realizar suas funções vitais, como a fotossíntese, a produção de proteínas e o fortalecimento de suas estruturas.

Os fertilizantes desempenham um papel vital na agricultura moderna ao permitirem que os agricultores aumentem significativamente a produtividade de suas terras. 

Ao fornecer os nutrientes necessários em quantidades adequadas, os fertilizantes ajudam a superar as limitações naturais do solo, que muitas vezes não contém todos os elementos essenciais nas proporções ideais para o cultivo intensivo. 

Além disso, eles são fundamentais para repor os nutrientes que são removidos do solo a cada colheita, mantendo assim a fertilidade e a capacidade produtiva das terras agrícolas ao longo do tempo.

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Principais tipos de fertilizantes

Fertilizantes minerais (ou inorgânicos)

Foto: Adobe Stock

Os fertilizantes minerais, também conhecidos como inorgânicos, são produzidos a partir de minerais extraídos ou processos industriais. Eles são caracterizados por sua alta concentração de nutrientes, principalmente Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), conhecidos coletivamente como NPK. 

Além desses macronutrientes, os fertilizantes minerais também podem fornecer micronutrientes essenciais como zinco, boro e manganês.

Uma das principais vantagens dos fertilizantes minerais é a rápida disponibilidade dos nutrientes para as plantas. Isso permite que os agricultores corrijam deficiências nutricionais de forma mais imediata, resultando em um rápido crescimento e desenvolvimento das culturas. 

Exemplos comuns de fertilizantes minerais incluem a ureia (rica em nitrogênio), o superfosfato (fonte de fósforo) e o cloreto de potássio.

No entanto, é importante considerar que os fertilizantes minerais, apesar de sua eficácia, têm algumas desvantagens. Eles contribuem menos para a melhoria da estrutura do solo e para o aumento da matéria orgânica quando comparados aos fertilizantes orgânicos. 

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Além disso, se aplicados incorretamente ou em excesso, podem levar à lixiviação de nutrientes, causando potenciais problemas ambientais como a contaminação de águas subterrâneas.

Fertilizantes orgânicos

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Os fertilizantes orgânicos são derivados de matéria orgânica de origem vegetal ou animal. Exemplos comuns incluem esterco bovino, cama de aviário e composto orgânico produzido a partir de restos vegetais. 

Esses fertilizantes oferecem uma série de benefícios para o solo e as plantas, indo além do simples fornecimento de nutrientes.

Uma das principais vantagens dos fertilizantes orgânicos é sua capacidade de melhorar a estrutura física do solo. Eles aumentam a retenção de água e nutrientes, promovem a atividade biológica do solo e contribuem para a formação de húmus, melhorando a fertilidade do solo a longo prazo. 

Além disso, os nutrientes presentes nos fertilizantes orgânicos são liberados gradualmente, reduzindo o risco de lixiviação e fornecendo uma nutrição mais equilibrada ao longo do tempo.

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Contudo, os fertilizantes orgânicos geralmente têm uma concentração menor de nutrientes em comparação com os fertilizantes minerais, por isso, é necessário aplicar um volume maior de fertilizante orgânico para fornecer a mesma quantidade de nutrientes. 

Além disso, a liberação mais lenta dos nutrientes pode não ser ideal em situações onde é necessária uma correção rápida de deficiências nutricionais.

Fertilizantes organominerais

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Os fertilizantes organominerais representam uma combinação inovadora entre os benefícios dos fertilizantes orgânicos e minerais. Eles são produzidos pela mistura de matéria orgânica com nutrientes minerais, resultando em um produto que oferece o melhor dos dois mundos.

Esses fertilizantes fornecem nutrientes de forma mais equilibrada, combinando a liberação rápida dos componentes minerais com a liberação gradual dos nutrientes orgânicos. Ao mesmo tempo, eles contribuem para a melhoria da estrutura do solo e o aumento da atividade biológica, características típicas dos fertilizantes orgânicos.

Os fertilizantes organominerais podem ser uma excelente opção para produtores rurais que buscam um equilíbrio entre nutrição imediata das plantas e melhoria da saúde do solo a longo prazo. 

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Eles são particularmente úteis em situações onde é necessário corrigir deficiências nutricionais rapidamente, mas também se deseja melhorar as condições gerais do solo ao longo do tempo.

Como escolher os tipos de fertilizantes mais adequados

O ponto de partida fundamental para qualquer decisão sobre fertilização é a análise de solo. Este procedimento fornece informações determinantes sobre as características físicas, químicas e biológicas do solo, permitindo identificar com precisão as necessidades nutricionais específicas da área.

Além da análise de solo, é essencial considerar:

A cultura a ser plantada — diferentes culturas têm exigências nutricionais distintas. Por exemplo, algumas plantas necessitam de mais nitrogênio, enquanto outras podem requerer maiores quantidades de potássio ou fósforo.

Condições climáticas e de solo — o clima e as características do solo influenciam diretamente a eficácia dos fertilizantes. Em regiões com alta pluviosidade, por exemplo, pode ser necessário optar por fertilizantes de liberação mais lenta para evitar a lixiviação de nutrientes.

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Objetivos de produção — os objetivos específicos do produtor, seja maximizar a produtividade, melhorar a qualidade dos produtos ou adotar práticas mais sustentáveis, também devem ser considerados na escolha dos fertilizantes.

É importante ressaltar que não existe uma solução única que se aplique a todas as situações. A melhor abordagem muitas vezes envolve uma combinação de diferentes tipos de fertilizantes, adaptada às necessidades específicas de cada lavoura e às condições locais. 

Por exemplo, um produtor pode optar por utilizar fertilizantes minerais para uma correção rápida de deficiências, complementando com fertilizantes orgânicos ou organominerais para melhorar a saúde do solo a longo prazo.

Além disso, sempre consulte um engenheiro agrônomo para análise do solo e recomendação técnica da necessidade de fertilizantes em sua propriedade.

Também é fundamental considerar o impacto ambiental e econômico das escolhas de fertilização. Práticas sustentáveis de manejo de nutrientes beneficiam o meio ambiente e podem resultar em economia de custos e melhoria da produtividade a longo prazo.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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