Entidade também fez análise sobre as oscilações de mercado desses insumos na reta final do ano
A expectativa para o encerramento de 2024 é positiva para o setor de fertilizantes. O Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Paraná (Sindiadubos) apresentou as projeções para o ano e as entregas totais de adubos podem variar entre 45 milhões e 46,3 milhões de toneladas.
O balanço leva em consideração três cenários. O primeiro indica vendas na casa de 45,7 milhões de toneladas, com importação estimada em 40 milhões e estoque de passagem em cerca de 9,6 milhões de toneladas. Já o segundo cenário coloca um queda nas entregas de 2,5% e estoques em 10,2 milhões de toneladas. Já no terceiro quadro, a expectativa é de um aumento nas entregas do último trimestre, totalizando 46,3 milhões de toneladas e estoques de 9 milhões de toneladas.
Os dados foram apresentados pelo presidente do Sindiadubos, Aluísio Teixeira, no 18º Simpósio NPK 2024. Sobre o cenário mais pessimista, o presidente apontou que é menos provável que aconteça. “Os especialistas avaliam que uma redução desta magnitude é improvável”, afirmou Teixeira.
Na análise dessa reta final do ano, a demanda interna deve pressionar os estoques, porém, sem comprometer a oferta. “Em um contexto onde a sazonalidade agrícola tem grande peso, como na safra de verão, o estoque atual de 9 milhões de toneladas não é considerado excessivo, já que o ciclo de demanda tende a crescer entre janeiro e fevereiro do próximo ano”, apontou o presidente do sindicato.
Para a ureia, o abastecimento “encontra-se estável”, segundo o Sindiadubo. A previsão é de 1,5 milhão de toneladas até o final do ano. Já para o cloreto de potássio, a recomendação é ficar atento às variações de preço. “Enquanto algumas consultorias indicam uma possível queda nos preços, o setor adverte sobre o cuidado ao realizar previsões de curto prazo, dado que o ajuste ao final do ano ainda pode surpreender”, avaliou Teixeira.
O entendimento do setor é de um otimismo nesses últimos meses do ano, “prevendo um fechamento de ano equilibrado em termos de entregas e estoques”. Para o presidente, o abastecimento dos insumos está garantido. “Com uma logística aprimorada e unidades de distribuição em expansão pelo país, o mercado de fertilizantes segue forte e resiliente, acompanhando de perto as demandas e garantindo a disponibilidade de produtos essenciais para o setor agrícola brasileiro”, indicou.
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