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Economia

Milho: preço sobe 1,6% no acumulado de maio com afastamento de produtores do mercado

Apesar de alta mensal, valor da saca registra desvalorização de 15,5% no ano; em Mato Grosso, produtores reduzem tamanho das lavouras

2 minutos de leitura 13/05/2024 - 14:13

Por: Sabrina Nascimento

Foto: Adobe Stock
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Os preços do milho seguem firmes no mercado interno. Só no acumulado dos dez primeiros dias de maio, a saca de 60kg subiu 1,6% no indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

O valor médio negociado na base Campinas/SP chegou a R$58,88 na sexta-feira, 10, após encerrar o mês de abril cotado a R$57,93. 

De acordo com pesquisadores do Cepea, o movimento de valorização neste início de maio se deve ao afastamento de muitos produtores do mercado. Com isso, os agricultores que seguem ativos negociando estão pedindo valores mais altos, pois estão “atentos aos impactos do clima sobre importantes regiões produtoras.”

“Enquanto no Rio Grande do Sul as chuvas em excesso prejudicam e até mesmo comprometem lavouras, no Centro-Oeste e no Sudeste, as elevadas temperaturas e o tempo seco têm preocupado”, destaca o Cepea em nota. 

Preços baixos motivam redução de área 

Apesar da alta mensal verificada, quando observado o acumulado do ano, há uma desvalorização de 15,5% nos preços do indicador. 

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Essa redução nos valores motivou alguns agricultores a diminuírem a área de plantio do milho 2ª safra, que deve cair 8,2% na temporada 2023/24 na comparação com o período anterior, de acordo com o último levantamento de safra da Conab.

Foi o caso do agricultor Laércio Lenz, de Sorriso, em Mato Grosso. Segundo o produtor, os valores atuais não estão compensando. “O preço do milho hoje não está cobrindo os custos e em função disso, na nossa propriedade, a gente diminuiu a área de plantio em 25%”, conta. 

Além do fator comercialização, o clima também preocupa. Durante a semeadura do milho 2ª safra, a plantação enfrentou um período de seca que afetou parte da produção. Porém, o agricultor ainda está otimista em relação à produtividade da safrinha, que começa a ser colhida no início de junho.

“As lavouras se desenvolveram bem, deu uma intempérie no meio do plantio, então assim, os talhões que deveriam ser ótimos estão médios. Resumindo, não será uma supersafra, mas acho que vai ser uma safra boa”, projeta o agricultor. 

Milho verão: ritmo de colheita está mais avançado frente a 2023

A colheita da safra de milho verão 2023/24 no Brasil chegou a 86,4% da área estimada de 3,972 milhões de hectares até sexta, 10. O levantamento é da Safras & Mercado.

No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 85,5% da área estimada (4,188 mi de hectares). O ritmo médio dos últimos cinco anos é de 89,1%.

Mato Grosso e Paraná já finalizaram os trabalhos, enquanto as máquinas seguem avançando em Santa Catarina (99,4%), Rio Grande do Sul (99,4%), São Paulo (98,3%), Minas Gerais (60,4%), Mato Grosso do Sul (56,7%) e em Goiás/Distrito Federal (60,3%).

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