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Economia

Gripe aviária: Câmara Árabe reforça diálogo com embaixadas e vê impacto limitado

No total, 7 países membros da Câmara Árabe têm algum tipo de limitação em vigor no momento

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Broadcast Agro

23/05/2025 - 17:25

Foto: Adobe Stock
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Em meio à confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS), a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira intensificou os esforços de comunicação com os países importadores de carne de frango no Oriente Médio. O secretário-geral da entidade, Mohamad Mourad, afirmou que, embora o cenário ainda seja volátil, não há, por ora, indícios de um impacto expressivo nas exportações.

“Estamos produzindo relatórios e atualizações com frequência, além de responder a demandas de várias embaixadas árabes que buscam esclarecimentos”, disse Mourad, destacando o papel de ponte institucional exercido pela Câmara neste momento.

Segundo ele, a entidade atua de forma proativa. “Começamos esse trabalho de comunicação assim que houve a notificação do primeiro foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, antes mesmo de sermos provocados”, afirmou.

No total, sete países membros da Câmara Árabe têm algum tipo de limitação em vigor no momento, refletindo uma aplicação variada dos acordos sanitários firmados com o Brasil. A Jordânia e o Iraque suspenderam temporariamente as compras de carne de frango de todo o território brasileiro, enquanto a Turquia interrompeu as importações especificamente do Rio Grande do Sul, após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS).

A Arábia Saudita, principal destino da carne de frango brasileira entre os países árabes, também impôs restrições ao produto originado do Rio Grande do Sul. Os Emirados Árabes Unidos, por sua vez, restringiram os embarques provenientes do município de Montenegro, adotando a regionalização prevista em protocolo bilateral. O Bahrein e o Marrocos também aplicaram medidas semelhantes, com proibição das importações a partir de áreas afetadas.

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“Se não existe suspensão naquele país, a orientação é que prossigam normalmente os trâmites de consularização dos documentos de exportação”, explicou Mourad. Ele acrescentou que, em caso de restrições, a Câmara comunica imediatamente as partes envolvidas.

Apesar da cautela no setor, Mourad avalia que é cedo para falar em perdas significativas. “Ainda está muito recente para fazer essa avaliação. Acredito que não haverá queda expressiva nas exportações e por dois motivos”, afirmou. O primeiro, segundo ele, é a forte dependência de muitos países árabes do frango brasileiro. “A pergunta que normalmente vem é: mas como correr esse risco? E a resposta está na confiança que esses países têm na segurança sanitária do Brasil.” O segundo motivo, apontou Mourad, é a credibilidade conquistada pelo Brasil ao longo dos anos: “O Brasil não só exporta qualidade e quantidade, mas também responsabilidade. Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a segurança do produto”.

Com cerca de 38% da pauta exportadora de carne de frango do Brasil voltada para o mercado árabe – o que representa aproximadamente US$ 3,6 bilhões por ano -, Mourad reconhece que a Turquia surge como principal concorrente, mas vê dificuldade em qualquer tentativa de substituição. “Não é fácil substituir. O mercado brasileiro é consolidado nesses países, e essa crise será superada. O que cabe à Câmara, neste momento, é reforçar o diálogo e manter o fluxo de informação transparente e constante.”

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