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Economia

Fávaro diz que consumo de aves e ovos não tem risco, após confirmação da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul

Ministro da Agricultura diz que não se trata de epidemia, pois apenas uma ave foi detectada com Newcastle e pede tranquilidade à população

2 minutos de leitura 17/07/2024 - 21:14

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Fernanda Farias* | Porto Alegre | Atualizada em 18/07/2024 às 12h59

Foto: Adobe Stock
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Após confirmação de um foco da doença de Newcastle no município de Anta Gorda, norte do Rio Grande do Sul, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que a população pode ficar tranquila. “Não é uma zoonose transmissível para o ser humano, não precisa ter receio de continuar consumindo carne de frangos e ovos”, afirmou Fávaro na chegada a Porto Alegre (RS) no fim da manhã desta quinta-feira, 18.

O ministro disse que ainda não se avalia como uma “epidemia”, pois somente um animal da granja foi detectado. “Foi um acidente que aconteceu nessa granja, destelhou, entrou água, sete mil animais morreram, e um animal foi detectado. Mas até o momento não há vestígios de animal doente na própria granja e nem na região”, completou Fávaro.

O diagnóstico foi informado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo e anunciado pelo Mapa nesta quarta, 17. Segundo a pasta, o estabelecimento foi interditado imediatamente, a movimentação de aves foi suspensa e uma investigação será realizada em um raio de 10 km da área do foco.  

As amostras foram enviadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), conduziu a investigação. A área técnica da Seapi está avaliando que outras medidas devem ser tomadas para controlar o foco de Newcastle.

A doença de Newcastle é provocada por um vírus e afeta aves domésticas e silvestres. Os sintomas são problemas respiratórios, seguidos de manifestações nervosas, diarreia e edema na cabeça dos animais. A transmissão se dá entre os animais ou produtos contaminados. Roedores e insetos também contribuem para disseminar o vírus.

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A última vez que o Brasil teve registro da doença foi em 2006, com casos em aves de subsistência no Amazonas, Mato Grosso e também no Rio Grande do Sul.

Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango do país

O estado gaúcho é o terceiro maior exportador de carne de frango do país, atrás do Paraná e de Santa Catarina. De janeiro a junho, foram 354.207 toneladas embarcadas, com receita de US$ 630,1 milhões, de acordo com os dados Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

A receita obtida com as exportações do Rio Grande do Sul representa 13,82% da dos US$ 4,559 bilhões referente ao país. Emirados Árabes, Arábia Saudita, China e Japão são os principais compradores. 

Segundo o ministro Carlos Fávaro, os mercados compradores de carne de frango do Brasil estão sendo comunicados. “Hoje o Brasil representa 40% da carne de frango consumida no mundo e cada país tem um protocolo. Fiz uma determinação ao secretário Perosa [secretário Roberto Perosa, de Comércio e Relações Internacionais do Mapa] que comunique a todos para minimizar os impactos”, afirmou.

A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) emitiram uma nota técnica sobre o assunto, mas não comentaram a situação da comercialização. As entidades afirmam que estão “em linha com autoridades federal e estadual para monitorar a situação, apoiar a rápida mitigação e controlar os efeitos da situação”.

* Com informações do Broadcast Agro

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