Crescimento foi impulsionado por alimentos, bebidas e produtos não-alimentícios, mas cenário econômico acende alerta para este ano
O volume de produção agroindustrial brasileira acumulou alta de 2% em 2024, o melhor desempenho anual desde 2010. A informação é de um levantamento do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro). O crescimento acumulado no ano passado foi impulsionado pelos segmentos de Produtos Alimentícios e Bebidas, e Produtos Não-Alimentícios, que registraram expansões de 1,5% e 2,6%, respectivamente.
O desempenho desses dois segmentos foi provocado pela demanda aquecida no mercado interno, principalmente no primeiro semestre para alimentos e bebidas. Além disso, a consistente recuperação, sobretudo, de Insumos Agropecuários (que mesmo assim fechou em queda de 0,5%), e Produtos Têxteis e Florestais impactaram positivamente o segmento de Produtos Não-Alimentícios.
A alta de 1,5% nos Produtos Alimentícios e Bebidas foi derivada tanto do setor de Produtos Alimentícios (1,5%) quanto pelo de Bebidas (1,2%). Já a expansão de 2,6% de Produtos Não-Alimentícios veio após dois anos consecutivos de queda. O setor enfrentou dificuldades no início de 2024, mas demonstrou uma recuperação consistente nos últimos meses do ano passado. No entanto, apesar da retomada, os setores de Insumos Agropecuários (-0,5%) e Fumo (-0,9%) foram os únicos setores que não conseguiram sair do campo negativo.
Embora o resultado seja favorável para a agroindústria brasileira em 2024, o último mês do ano registrou uma retração de 0,5% em comparação com o mesmo mês de 2023. Foi a segunda queda interanual consecutiva, o que traz preocupações para o desempenho do setor em 2025.
Segundo os pesquisadores da FGV Agro, há sinais de que a economia brasileira esteja entrando em um processo de desaceleração, causado por:
O Índice de Produção Agroindustrial da FGV Agro conclui que 2025 deverá apresentar obstáculos adicionais para a economia brasileira e mundial, com reflexos sobre o setor agroindustrial.