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Economia

FGV Agro: produção agroindustrial cai 3,1% em novembro; em 2024, há alta de 2,2%

Produção na categoria de Alimentos de Origem Vegetal cedeu 9,4%, "correspondendo ao pior desempenho para o mês desde 2018", diz análise

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Broadcast Agro

31/01/2025 - 09:34

Foto: Adobe Stock
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A produção agroindustrial brasileira foi 3,1% menor em novembro de 2024 em relação a novembro de 2023, desempenho motivado por quedas tanto no segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas (-5%) quanto no segmento de Produtos Não-Alimentícios (-0,9%). As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 3, pela FGV Agro, responsável pelo cálculo do Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro).

A FGV Agro diz, em nota, que, mesmo com o resultado negativo de novembro, com -3,1% ante novembro de 2023, o segmento da Agroindústria acumulou, de janeiro a novembro de 2024, alta de 2,2% em relação a igual período de 2023. “É o melhor crescimento acumulado desde 2010”, ressalta o FGV Agro.

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Em Produtos Alimentícios e Bebidas, a queda ocorreu em ambas as categorias – respectivamente, de -4,3% e -8,4%. “A queda do setor de Bebidas foi derivada da menor produção de Bebidas Não Alcoólicas, com retração de 10,6%”, cita a FGV Agro. Bebidas Alcoólicas teve retração de 6,2%.

No setor de Produtos Alimentícios, a produção na categoria de Alimentos de Origem Vegetal cedeu 9,4%, “correspondendo ao pior desempenho para o mês desde 2018”. “A contração foi reflexo das quedas de produção verificadas em Conservas e Sucos, Refino de Açúcar, Arroz e Moagem de Trigo”, diz, e acrescenta: “A queda só não foi mais intensa porque a produção de Óleos e Gorduras e Café registrou expansão”.

Já a produção de Alimentos de Origem Animal cedeu 0,8% em novembro de 2024. “Essa retração foi derivada, sobretudo, da queda da produção de laticínios e pescados”, diz a FGV Agro. “A expansão da produção de carnes, vale destacar, impediu uma queda maior na produção de Alimentos de Origem Animal.”

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O segmento de Produtos Não Alimentícios, por sua vez, cedeu 0,9% em novembro de 2024 ante igual mês de 2023, retração que ocorreu após cinco meses consecutivos de crescimento. Em novembro de 2024, a queda neste segmento foi derivada, segundo a FGV Agro, do recuo em Biocombustíveis, com -23,2% em novembro/2024 ante novembro/2023. O setor de Fumo também caiu 4,1%.

A aba de Insumos Agropecuários avançou 7,9% em novembro de 2024 ante novembro de 2023, “impulsionada principalmente pela maior produção de adubos e fertilizantes, defensivos agrícolas e desinfetantes domissanitários e tratores e máquinas”, diz a nota. Segundo a FGV Agro, a retomada do setor de Insumos Agrícolas, que iniciou o ano de 2024 com dificuldades, “reflete uma melhora na relação de troca do milho, além das perspectivas de condições climáticas mais favoráveis para a segunda safra, apesar dos atrasos na safra de verão”.

A produção do setor de Produtos Florestais cresceu 0,4% na mesma base de comparação, sustentada pela maior produção de madeira e papel. O setor, até novembro, apresentou sucessivas taxas de crescimento interanuais (única exceção foi em agosto) ao longo do ano, favorecidas, sobretudo, pelo aquecimento do mercado externo (o volume das exportações de Produtos Florestais acumula uma expansão de 4,9% em 2024, até novembro, segundo o Ministério da Agricultura.

Já o setor de Produtos Têxteis registrou crescimento interanual de 4,4%, representando a quinta expansão consecutiva. Diferentemente do que ocorreu em 2023, o setor ao longo de 2024 vem registrando recorrentemente taxas interanuais positivas (apenas em março, maio e junho isso não ocorreu).

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