PUBLICIDADE

Economia

Exportações do setor agropecuário recuam 10,1% em janeiro, aponta MDIC

Soja e milho foram os principais responsáveis pela queda

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão

07/02/2025 - 16:12

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

As exportações do setor agropecuário do Brasil registraram queda no mês de janeiro. De acordo com os dados da Balança Comercial apresentados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no primeiro mês deste ano, o país exportou US$ 3,8 bilhões frente aos US$ 4,2 bilhões do mesmo período de 2024. Um recuo de 10,1%. 

A soja foi um dos itens da pauta de comercialização que puxaram o resultado para baixo. Em valores, foram mais de US$ 1 bilhão de diferença em relação a janeiro de 2024, o que representa uma queda de 70,1%. Outro produto que contribuiu para o resultado negativo foi o milho, com recuo de 29,9%. Parte disso causado por uma diminuição no volume exportado de soja (-62,4%) e de milho (-26,3%). 

“No ano passado, nós vimos os embarques de soja serem concentrados mais nos primeiros meses. Provavelmente, na soja, os maiores volumes [de embarque] vão ocorrer mais na frente no ano”, comentou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, durante a apresentação dos dados nesta sexta-feira, 07. 

Confira o desempenho dos principais produtos negociados pelo setor:

  • Café não torrado: R$ 1,32 bilhão (+79,4%);
  • Milho: R$ 783 milhões (-29,9%);
  • Algodão: R$ 711 milhões (+47,5%);
  • Soja: R$ 436 milhões (-70,1%).

O resultado geral das exportações também teve uma queda (-5,7%), passando de US$ 26,7 bilhões para US$ 25,2 bilhões em janeiro deste ano. “O que motivou foi uma queda de preço”, explicou o diretor. Mas a soma coloca o primeiro mês de 2025 como o segundo melhor da série, perdendo apenas para janeiro de 2024.  

PUBLICIDADE

Os dados do MDIC colocam os produtos da agroindústria no setor de Indústria de Transformação. É o caso da celulose, na qual o valor gerado foi de US$ 1,019 bilhão (+44,2%). 

Outros itens são:

  • Açúcares e melaços: R$ 995 milhões (-41,5%);
  • Carne bovina: R$ 908 milhões (+10,5%);
  • Carne de aves: R$ 754 milhões (+21,9%);
  • Farelo de soja e outros alimentos para animais: R$ 645 milhões (-35,1%).

Cresce importações de insumos agrícolas

Adubos e fertilizantes além de defensivos agrícolas tiveram um aumento nas importações. Na categoria de adubos ou fertilizantes químicos, o incremento foi de 9% no volume e de 15,6% no valor (US$ 928 milhões), sendo o segundo item mais importado pelo Brasil neste mês em termos de valores. Já os defensivos aumentaram em 31% o volume e em 14,2% o valor (US$ 374 milhões). 

“É esperado uma maior demanda uma vez que a gente tem uma previsão de safra agrícola maior. Produção crescendo demanda mais insumo”, pontuou o diretor Brandão.

China e EUA compraram menos em janeiro

O país asiático continuou sendo o principal destino das exportações brasileiras no geral. Foram US$ 5,57 bilhões em produtos vendidos aos chineses , o que representa 20,3% a menos do que em janeiro de 2024. Os Estados Unidos também tiveram uma queda. Dos US$ 3,35 bilhões no mesmo período do ano passado, passaram para US$ 3,21 bilhões (-4,3%).

Já com a Europa, o Brasil registrou um aumento nas vendas. Foram US$ 5,04 bilhões (+31,6%), passando a América do Norte (US$ 4,15 bilhões) como o segundo continente que mais comprou produtos brasileiros. O resultado foi puxado, principalmente, pelas negociações com a União Europeia, que tiveram um acréscimo no valor exportado de 28,3% (US$ 3,98 bilhões).

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Israel rebaixa relações com o Brasil: ameaça ao agro? 

Economia

Israel rebaixa relações com o Brasil: ameaça ao agro? 

Enquanto carne bovina e fertilizantes concentram o comércio bilateral, analistas apontam para repercussões indiretas com EUA e União Europeia

Governo publica zoneamento agrícola para milho 2º safra

Economia

Governo publica zoneamento agrícola para milho 2º safra

Milho é a segunda principal cultura anual do país e produtores devem colher safra recorde 

Safra 24/25: milho de inverno se aproxima do fim da colheita

Economia

Safra 24/25: milho de inverno se aproxima do fim da colheita

Trabalhos avançam acima da média histórica, enquanto algodão e trigo seguem atrasados

China define novas cotas para importação de algodão em 2025

Economia

China define novas cotas para importação de algodão em 2025

Após recuo nas compras externas, governo chinês estabelece cota de 200 mil toneladas métricas para atender indústria têxtil

PUBLICIDADE

Economia

Safra brasileira de cana deve cair 1,2%, estima Conab

Produção de açúcar deve crescer, enquanto etanol de cana pode ter um recuo de 8,8%

Economia

Brasil poderá exportar aves ornamentais e de conservação para Emirados Árabes

Aves vivas para consumo humano não estão incluídas no acordo

Economia

Produção de algodão deve recuar na safra 2025/26, projeta consultoria

Agricultores de Mato Grosso, maior estado produtor de algodão no país, devem reduzir área de algodão na próxima temporada

Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 1,740 bilhão na 4ª semana de agosto

Valor foi alcançado com exportações de US$ 7,439 bilhões e importações de US$ 4,765 bilhões; no ano, superávit soma US$ 41,7 bilhões

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.