Exportação de café cresce em receita, mas cai em volume Exportação de café cresce em receita, mas cai em volume
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Economia

Exportação brasileira de café cresce em receita, mas cai em volume

Os 7 meses de safra cafeeira 2024/25 têm registrado recordes em exportação, aponta Cecafé

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Paloma Custódio | Brasília

11/02/2025 - 16:00

Foto: Adobe Stock
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O Brasil exportou 3,977 milhões de sacas de 60 kg de café em janeiro de 2025, uma redução de 1,6% em relação ao primeiro mês de 2024. Já as receitas registraram um aumento de 59,9% no mesmo período comparativo, passando de US$ 823 milhões para US$ 1,316 bilhão. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Segundo a entidade, os resultados de janeiro se devem aos preços mais altos, em torno de US$ 330,6 por saca, um crescimento de 63% em relação a janeiro do ano passado. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, considera positiva a performance das exportações no mês passado, se considerar o período de entressafra no Brasil e os intensos gargalos logísticos. “Já o incremento na receita cambial, na casa dos 60%, ratifica o efeito das altas dos preços que já vem desde longo período”, analisa, em nota.

Tipos de café

Responsável por 82,4% das exportações totais de café do Brasil, o tipo arábica liderou as vendas externas em janeiro de 2025, com 3,278 milhões de sacas embarcadas. O volume implica em uma leve queda de 0,3% frente a janeiro de 2024. Segundo o presidente do Cecafé, a queda é atribuída à maior competitividade de outros países no mercado internacional, especialmente no que diz respeito aos cafés naturais finos e aos de peneiras maiores, em comparação com os cafés brasileiros semi-lavados ou cereja descascado.

Na sequência, estão os café canéforas (conilon + robusta) que, apesar do recuo de 28,9% na comparação anual, representam 8,3% nas exportações totais. Em janeiro deste ano, o Brasil remeteu 328.074 sacas desta espécie ao exterior.

O segmento do café solúvel, com 365.598 sacas, representa 9,2% das exportações totais e um avanço de 24,8% frente a janeiro de 2024. Já os produtos torrado e torrado e moído, com 4.968 sacas, completam a lista com 0,1% de representatividade e aumento de 156,6% nas exportações.

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Segundo o levantamento do Cecafé, os cafés industrializados puxaram a fila do bom desempenho em janeiro. “Todavia, não podemos deixar de notar a redução no volume dos canéforas, que foi motivada, principalmente, pelo fato de o café concorrente do Vietnã, desde a entrada da safra, em novembro, ter se tornado bem mais competitivo em termos de preço”, ressalta Márcio Ferreira.

O diretor-executivo do Cecafé, Marcos Matos, afirma — em vídeo enviado à reportagem — que “essa maior competitividade por preço tende a perdurar até a entrada efetiva da nova safra do Brasil, que acontece a partir de maio”.

Principais destinos

Os Estados Unidos foram o principal destino dos cafés do Brasil no mês passado, com a importação de 713.348 sacas, o equivalente a 17,9% do total. O volume representa um aumento de 3,1% na comparação com janeiro de 2024.

A Alemanha, com 11,5% de representatividade, adquiriu 457.569 sacas (-35%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vieram Itália, com a importação de 262.809 sacas (+31,2%); Japão, com 247.840 sacas (+15,5%); e Bélgica, com 206.283 sacas (-50,4%).

O diretor-executivo Marcos Matos também destaca o aumento das exportações de café brasileiro para o Tratado Transpacífico de Comércio (5%), BRICS (6,6%), Oriente Médio (46,6%), Leste Europeu (34%) e Mercosul (219%). 

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“É importante destacar que os países produtores e concorrentes do Brasil no cenário internacional  também seguem com compras expressivas. O Vietnã, na primeira posição, aumentou 387%. México cai um pouco na segunda posição e Indonésia na terceira posição, crescendo 95%”, detalha Marcos Matos.

Safra 2024/25 registra desempenhos recordes em exportação de café

No acumulado de julho de 2024 a janeiro de 2025, as exportações brasileiras de café totalizaram 30,147 milhões de sacas e geraram o ingresso de US$ 8,522 bilhões no país. Na comparação com os mesmos sete meses da temporada 2023/24, houve um crescimento de 11,3% em volume e de 60,3% em receita cambial.

Os dois desempenhos são os maiores da história registrada pelo Cecafé para esse intervalo de sete meses de safra cafeeira no Brasil. Os recordes foram impulsionados pelos melhores resultados alcançados, em sacas e dólares, com os embarques de café verde e industrializado, principalmente o produto solúvel.O relatório completo das exportações dos cafés do Brasil está disponível no site do Cecafé.

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