Economia
Qual a diferença entre pinha e atemoia?
Diferenciar entre pinha e atemoia pode ser estratégico para atender diferentes nichos e otimizar a produção rural

Redação Agro Estadão*
21/06/2025 - 08:00

A pinha, cientificamente conhecida como Annona squamosa, é uma espécie pura originária da América tropical. Também chamada de fruta-do-conde ou ata em algumas regiões do Brasil, esta fruta tem uma longa história de cultivo e adaptação às condições climáticas brasileiras.
Por outro lado, a atemoia é um híbrido resultante do cruzamento entre duas espécies: a Annona cherimola (cherimóia) e a própria Annona squamosa (pinha). Este cruzamento confere à atemoia características únicas, combinando atributos desejáveis de ambos os “pais”.
A natureza híbrida da atemoia influencia diretamente suas propriedades agronômicas, exigindo um manejo diferenciado em comparação com a pinha.
Esta diferença genética é o ponto de partida para entender por que, apesar da semelhança visual, atemoia e pinha são frutas distintas com necessidades de cultivo e potencial de mercado diferentes.
Como diferenciar atemóia e pinha no campo
Para o produtor rural, identificar corretamente estas frutas é essencial. A pinha geralmente apresenta uma forma mais arredondada, com uma casca verde-acinzentada composta por escamas bem definidas, que lembram “gomos” ou “escudos”. Estas escamas se separam facilmente quando a fruta está madura.
A atemoia, em contraste, tende a ter uma forma mais oval ou cordiforme (em formato de coração). Sua casca é verde, menos escamosa e mais lisa que a da pinha, com protuberâncias suaves em vez de escamas pronunciadas.
O tamanho da atemoia é geralmente maior que o da pinha, podendo chegar a pesar mais de 500 gramas, enquanto a pinha raramente ultrapassa 300 gramas.
Polpa e sabor
Ao abrir estas frutas, as diferenças se tornam ainda mais evidentes. A polpa da pinha é branca, granulosa e repleta de sementes pretas. Seu sabor é doce, com notas que lembram baunilha.
A atemoia, por sua vez, apresenta uma polpa mais cremosa e com menos sementes. Seu sabor é considerado mais refinado, combinando a doçura da pinha com notas aromáticas da cherimóia.
Esta característica torna a atemoia particularmente atrativa para o consumo in natura e para a produção de sobremesas gourmet.
A quantidade reduzida de sementes e a textura mais suave da atemoia são vantagens significativas para o processamento industrial e para o consumidor final, que encontra maior facilidade ao degustar a fruta.
Qual escolher? Considerando as diferenças

A decisão entre cultivar atemoia ou pinha deve levar em conta diversos fatores. A pinha é geralmente mais rústica e adaptável a diferentes condições climáticas, sendo uma opção interessante para regiões com clima mais quente e seco.
Ela também tende a ter um ciclo de produção mais curto e pode ser uma escolha adequada para produtores que buscam um retorno mais rápido do investimento.
A atemoia, por outro lado, requer condições de cultivo mais específicas, incluindo um manejo mais cuidadoso da irrigação e da fertilização. No entanto, seu potencial de mercado pode ser maior, especialmente em nichos que valorizam frutas diferenciadas e de sabor mais refinado.
Ao planejar o cultivo, considere:
- Condições climáticas da sua região;
- Disponibilidade de água para irrigação;
- Mercado-alvo e canais de distribuição;
- Capacidade de investimento em tecnologias de manejo.
A escolha entre atemoia e pinha não precisa ser exclusiva. Alguns produtores optam por cultivar ambas as frutas, diversificando sua produção e reduzindo riscos.
Esta estratégia permite atender a diferentes segmentos do mercado e aproveitar as vantagens específicas de cada espécie.
Independentemente da escolha, o sucesso no cultivo de atemoia ou pinha depende de um planejamento cuidadoso e da aplicação de técnicas adequadas de manejo. Buscar orientação técnica especializada e estar atento às tendências do mercado são passos essenciais para garantir o sucesso da produção.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Economia
1
A planta que parece veneno, mas é usada como remédio há gerações
2
Você usa gergelim e nem sabe tudo que ele pode fazer pela sua saúde
3
Israel x Irã: como o conflito afeta o agro do Brasil?
4
A fruta milenar que é considerada o caramelo da natureza
5
Você já provou Araticum? Fruta cheirosa e 100% brasileira
6
Você sabia que coqueiro também dá maçã? Revelamos esse mistério!

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Economia
Gripe aviária: México e Reino Unido retomam importação de frango do RS
As exportações de carne de frango de todo o território brasileiro continuam suspensas para 10 destinos

Economia
Banco da Amazônia lança plano safra 2025/2026 com R$ 12 bilhões em crédito
No ciclo 2024/25, o Banco da Amazônia aplicou R$ 12,664 bilhões em crédito rural, 15,12% acima da meta inicial de R$ 11 bilhões

Economia
Argentina: colheita de milho atinge 70,4%; plantio de trigo cobre 91% da área
O plantio do trigo na safra 2025/26 alcançou 6,7 milhões de hectares, após avanço de 12,8 pontos porcentuais na última semana

Economia
Tarifa de Trump provoca cancelamento de contratos de 500 toneladas de peixe aos EUA
Taxação deve desestimular a produção interna e afetar oferta de pescado na próxima Quaresma
Economia
Colheita de milho em Mato Grosso do Sul alcança 10,2%
Aprosoja-MS afirma que o ritmo mais lento da colheita se deve à elevada umidade dos grãos e à escassez de caminhões para transporte
Economia
Santa Catarina registra foco de gripe aviária em criação de subsistência
Governo negocia com União Europeia retirada das restrições à carne de frango brasileira
Economia
Nova taxa dos EUA ameaça cadeia orizícola brasileira
Abiarroz pede ao governo brasileiro que estabeleça negociação imediata
Economia
Ovos: exportações crescem mais de 190% no primeiro semestre
Estados Unidos foram os principais compradores, com um aumento de mais de 1.000% no volume negociado