PUBLICIDADE

Economia

Criação de rãs: entenda como iniciar neste mercado

Demanda crescente e regulamentação impulsionam a criação de rã como negócio promissor no Brasil

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão*

01/06/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

A ranicultura, ou criação de rãs, oferece aos produtores rurais uma excelente oportunidade de diversificação e rentabilidade em suas propriedades. 

A espécie mais comumente criada em cativeiro no Brasil é a rã-touro gigante (Lithobates catesbeianus), originária da América do Norte.

Na gastronomia, a carne de rã tem ganhado cada vez mais espaço, sendo apreciada por seu sabor delicado e suas propriedades nutricionais. Este crescente interesse culinário tem impulsionado a demanda por produtos da ranicultura, criando um mercado promissor para os produtores rurais.

Por que investir na criação de rãs?

A ranicultura apresenta diversos atrativos para o produtor rural interessado em diversificar suas atividades. Em primeiro lugar, o retorno financeiro pode ser bastante atraente. A carne de rã é considerada um produto de alto valor agregado, o que permite margens de lucro interessantes para os criadores.

Além disso, existe uma demanda pela carne de rã. Restaurantes, hotéis e mercados especializados estão sempre em busca deste produto, o que facilita o escoamento da produção. 

PUBLICIDADE

O interesse dos consumidores tem aumentado devido aos benefícios nutricionais da carne de rã, que é rica em proteínas e baixa em gorduras.

Outro ponto favorável é a possibilidade de otimizar o uso de espaços na propriedade rural. A criação de rãs não requer grandes áreas, podendo ser realizada em espaços relativamente pequenos, desde que adequadamente estruturados. 

Isso permite ao produtor aproveitar áreas subutilizadas de sua propriedade, maximizando o potencial produtivo de sua terra.

Regulamentação da criação de rãs

Para exercer a atividade de ranicultura de forma legal no Brasil, os criadores devem seguir uma série de regulamentações. A criação comercial de rãs, especialmente da espécie rã-touro gigante (Lithobates catesbeianus), está sujeita a um controle rigoroso por parte das autoridades ambientais e agrícolas.

Todos os criadores são obrigados a se registrar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Este registro é fundamental para garantir que a atividade seja realizada de forma sustentável e em conformidade com as normas ambientais vigentes.

PUBLICIDADE

Além disso, é necessário obter uma licença de produtor rural junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura. Esta licença atesta que o criador está apto a exercer a atividade de ranicultura de acordo com as normas e padrões estabelecidos pelo setor.

Como iniciar na criação de rãs

Uma das vantagens da ranicultura é a possibilidade de iniciar a atividade de forma gradual, sem necessariamente exigir um alto investimento inicial. Para começar em menor escala, o produtor pode adaptar estruturas já existentes em sua propriedade.

Os principais custos iniciais a serem considerados incluem:

  • Construção ou adaptação de espaços para o ranário;
  • Aquisição de animais para reprodução;
  • Equipamentos para controle de temperatura e umidade;
  • Sistema de alimentação e manejo dos animais.

É importante ressaltar que o investimento pode ser escalonado conforme o crescimento da produção, permitindo ao produtor expandir gradualmente sua operação.

A estrutura para a criação de rãs deve ser projetada para proporcionar um ambiente controlado e adequado às diferentes fases de desenvolvimento dos animais. As instalações básicas incluem:

PUBLICIDADE

Ranário: espaço principal onde as rãs são criadas;

Tanques para girinos: áreas específicas para o desenvolvimento das larvas;

Tanques para rãs adultas: espaços adaptados para a fase de engorda.

Um fator crítico na criação de rãs é o controle ambiental. A temperatura e a umidade devem ser mantidas em níveis adequados para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos animais. 

Neste sentido, a evolução dos sistemas de criação tem levado ao uso de estufas, que permitem um controle mais preciso das condições ambientais e, consequentemente, uma maior produtividade.

PUBLICIDADE

O ciclo de vida e o manejo na criação de rãs

Foto: Adobe Stock

O ciclo de vida das rãs em cativeiro pode ser dividido em quatro fases principais:

Reprodução: nesta fase, os reprodutores são selecionados e colocados em ambientes propícios para a desova;

Larvicultura: após a eclosão dos ovos, os girinos são criados em tanques específicos, onde recebem alimentação adequada para seu desenvolvimento;

Metamorfose: período em que os girinos se transformam em rãs jovens, desenvolvendo pernas e pulmões;

Engorda: fase final, na qual as rãs jovens são criadas até atingirem o peso ideal para o abate.

PUBLICIDADE

Cada fase requer cuidados específicos em termos de alimentação, ambiente e manejo. Por exemplo, os girinos necessitam de uma dieta rica em proteínas vegetais, enquanto as rãs adultas são alimentadas com ração balanceada e, em alguns casos, insetos vivos.

Manejo na ranicultura

O manejo adequado é essencial para garantir a saúde e o crescimento dos animais. No aspecto alimentar, é fundamental fornecer uma dieta balanceada que atenda às necessidades nutricionais das rãs em cada fase de seu desenvolvimento. 

A alimentação deve ser cuidadosamente controlada para evitar desperdícios e garantir o crescimento ideal dos animais.

Quanto ao manejo sanitário, a prevenção de doenças é uma prioridade. Isso inclui a manutenção de um ambiente limpo, o controle da qualidade da água nos tanques e a observação constante do comportamento dos animais. 

A detecção precoce de problemas de saúde permite uma intervenção rápida, evitando perdas na produção.

PUBLICIDADE

Mercado e comercialização da carne de rã

Os principais compradores da carne de rã incluem restaurantes especializados, hotéis de luxo, distribuidores de alimentos e mercados gourmet. A carne de rã é apreciada por seu sabor suave e textura delicada, além de ser reconhecida por seus benefícios nutricionais, sendo rica em proteínas e baixa em gorduras.

rã
Foto: Adobe Stock

Para facilitar o escoamento da produção, é fundamental que os criadores busquem parcerias estratégicas. A colaboração com frigoríficos especializados no abate de rãs pode ser uma excelente opção, pois estes estabelecimentos já possuem a estrutura necessária para o processamento e a distribuição da carne.

Além disso, o estabelecimento de parcerias com indústrias do setor alimentício pode abrir novas oportunidades de mercado. Algumas empresas utilizam a carne de rã como ingrediente em produtos processados, ampliando assim as possibilidades de comercialização para os produtores.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Porto do Açu realiza primeira exportação de carga agrícola de MT

Economia

Porto do Açu realiza primeira exportação de carga agrícola de MT

Terminal no norte do Rio embarcou 25 mil toneladas de milho não transgênico para a Europa

Justiça aprova recuperação judicial do grupo Agropecuária Santa Mônica

Economia

Justiça aprova recuperação judicial do grupo Agropecuária Santa Mônica

Grupo que enfrenta dívida de R$ 43 milhões tem como sócio um dos diretores da Famasul e presidente do Sindicato Rural de Aral Moreira (MS)

Processamento de soja em julho atinge 4,7 milhões de toneladas

Economia

Processamento de soja em julho atinge 4,7 milhões de toneladas

Maior ritmo foi sustentado por demanda de farelo, exportações e avanço do biodiesel B15, aponta Abiove

Colheita do milho de inverno atinge 99,1% da área no País

Economia

Colheita do milho de inverno atinge 99,1% da área no País

Boletim mostra avanço no plantio de milho e arroz e atraso nas colheitas de algodão e trigo, segundo a Conab.

PUBLICIDADE

Economia

Inadimplência no campo avança de 2% para 4% em três anos

Dados do BC mostram crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas e bancos públicos, enquanto cooperativas de crédito têm índices baixos

Economia

Café solúvel: tarifaço reduz exportações do Brasil aos EUA em 60% em agosto

Apesar do recuo, receita cambial deve bater recorde em 2025, segundo projeções da Abics; mercado interno mantém crescimento

Economia

Corteva avalia dividir operações de sementes e defensivos

Reestruturação visa isolar a unidade de sementes de riscos legais associados ao uso de defensivos agrícolas, diz jornal norte-americano

Economia

Tarifa de Trump derruba exportação de café especial do Brasil aos EUA

País caiu da primeira para a sexta posição entre os importadores, com queda de 79,5% nos embarques em agosto

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.