PUBLICIDADE

Economia

Conab aponta recorde para safra 2024/2025, com 322,47 milhões de toneladas de grãos 

Primeira estimativa da Conab para o ciclo 2024/2025 aponta incrementos em soja, milho e arroz

Nome Colunistas

Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com

15/10/2024 - 10:18

Foto: Wenderson Araujo/CNA
Foto: Wenderson Araujo/CNA

O Brasil deverá colher uma nova safra recorde de grãos na temporada 2024/2025, é o que sugere a primeira estimativa para o ciclo divulgada nesta terça-feira, 15, pela Companhia Nacional de Abastecimento. De acordo com a Conab, a produção total deverá atingir 322,47 milhões de toneladas. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares

Caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola, o volume representará um crescimento de 8,3% sobre o obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a mais. O último recorde de produção ocorreu na safra 2022/23, com 322,8 milhões de toneladas. 

“Esse primeiro levantamento, esses primeiros números nos indicam uma safra recorde ainda superior à que foi a de 22 e 23 [2022/2023]. Essa notícia é extraordinária não só para o campo agrícola brasileiro, mas também para a nossa economia, importante também para países que dependem da nossa produção”, celebrou durante coletiva de imprensa o presidente da Conab, Edegar Pretto. 

Para a soja, a Conab estima 166,05 milhões de toneladas, crescimento de 12,7%, com uma produtividade de 3,5 mil quilos por hectares (+9,6%). Os produtores também devem destinar uma maior área para a cultura, com elevação de 2,8% (47,33 milhões ha) quando comparada com a temporada passada. 

No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010. “O atraso do início das chuvas, sobretudo nos estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio”, diz a estatal em nota.

PUBLICIDADE

Para o milho, a Conab projeta uma recuperação de 3,5% na safra, sendo estimada uma colheita total em torno de 119,74 milhões de toneladas, com uma área se mantendo em 21 milhões de hectares (-0,2%). A produtividade média estimada é de 5,7 mil toneladas por hectare, avanço de 3,7% sobre a safra passada.

Arroz  tem incremento em área e produtividade

Neste primeiro levantamento, a Conab destaca que a produção total de arroz deve atingir 12,04 milhões de toneladas, incremento de 13,8%, com produtividade média de 6,8 mil quilos por hectare (+3,5%). Esse resultado é explicado pelo crescimento de 9,9% na área semeada com o cereal neste ciclo, atingindo 1,76 milhões de hectares. 

“A alta é verificada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste e o Sudeste, onde o incremento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente. Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%”, diz a nota.

Segundo a Conab, a região Sul, principal produtora de arroz no país, também tende a registrar uma maior área cultivada, e deve somar 1,16 milhão de hectares. “Com esses números, a previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história”, reforça o presidente da Conab.

Produção de feijão cresce; algodão tem leve queda

Para o feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada (+0,8%), saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior.

No caso do algodão, a primeira previsão da estatal indica um crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares. No entanto, a produção de pluma deve cair 0,2%, atingindo 3,66 milhões de toneladas. Esse recuo se deve à projeção de queda de 2,9% na produtividade das lavouras, em cerca de 2 mil quilos por hectare.

Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.

Siga o Agro Estadão no WhatsApp, Instagram, Facebook, X, Telegram ou assine nossa Newsletter

PUBLICIDADE

Notícias Relacionadas

Trump acusa China de 'hostilidade econômica' ao não comprar soja dos EUA

Economia

Trump acusa China de 'hostilidade econômica' ao não comprar soja dos EUA

Presidente americano disse que pode encerrar, como retaliação, as relações comerciais com os chineses para compra de óleo de cozinha

Manga, uva e pescado: como estão esses setores dois meses após o tarifaço?

Economia

Manga, uva e pescado: como estão esses setores dois meses após o tarifaço?

Abipesca diz que as empresas exportadoras seguem sem mercado e sem crédito, apesar da ajuda anunciada pelo governo

STJ decide que crédito garantido por CPR em operação Barter fica fora de RJ

Economia

STJ decide que crédito garantido por CPR em operação Barter fica fora de RJ

Corte entendeu que a conversão da cobrança em dinheiro não altera a natureza do crédito nem implica renúncia à garantia vinculada ao título

Após casos de intoxicação, campanha reforça consumo de vinho seguro

Economia

Após casos de intoxicação, campanha reforça consumo de vinho seguro

Setor vitivinícola lança campanha Vinho Legal para orientar sobre produtos com procedência garantida 

PUBLICIDADE

Economia

Soja 2024/25 em Mato Grosso atinge 96% de vendas

Imea aponta que comercialização no Estado avança, mas segue abaixo do mesmo período do ciclo anterior

Economia

Além da soja, agro brasileiro avança com a disputa EUA–China

Conflito entre as duas maiores economias do mundo impulsiona exportações brasileiras de carne bovina e milho para o gigante asiático

Economia

Renegociação de dívidas pelo Desenrola Rural alcança R$ 11,971 bilhões

Valor é referente a um período des sete meses: de 24 de fevereiro, quando o programa começou, a 24 de setembro

Economia

Uso da malha hidroviária no Brasil cresce apenas 1,39% em dois anos

Ciclo anterior do levantamento, feito pela Antaq, mostrou uma expansão de, aproximadamente, 5% nas hidrovias brasileiras

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.