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Economia

China e Chile seguem fechados para o frango do RS, mas setor vê avanço nas negociações

Bloqueio comercial ao mercado gaúcho ocorreu há cerca de 8 meses, após notificação de um caso de doença de Newcastle

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Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com

25/03/2025 - 08:00

Serviço Veterinário do RS vistoriou propriedades após caso de Newcastle. Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi
Serviço Veterinário do RS vistoriou propriedades após caso de Newcastle. Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi

A Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Siparg) avalia que o fim do embargo às exportações de carne de frango do estado por parte da China e do Chile está próximo. Os bloqueios estão em vigor há oito meses, desde a notificação de um caso de doença de Newcastle em uma granja de frangos de corte no município de Anta Gorda (RS).

Embora a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) tenha reconhecido o fim da doença no estado 90 dias após a notificação, nove países, incluindo a China e o Chile, ainda mantêm o mercado fechado para o produto gaúcho.

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A expectativa de reabertura, segundo José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav/Siparg, baseia-se em fatores globais. Um deles foi a reabertura do mercado de carne de frango da Argentina pela China, depois de dois anos de bloqueio nas importações após um caso de gripe aviária no país vizinho. O outro, é o conflito tarifário entre Estados Unidos e China.

“Houve um avanço nas comunicações, nós também estamos mandando muita informação para lá [China] sobre a situação do Rio Grande do Sul, do potencial de exportação, da normalização da situação sanitária. Então, há um conjunto de fatores aí que estamos trabalhando para resolver essa situação”, disse Santos, ao Agro Estadão. Apesar do otimismo, o presidente da Asgav/Siparg reforçou que a retomada dos mercados segue sem data definida.

Chile deve retomar compras após missão ao RS

Outro mercado importante para o setor avícola gaúcho, o Chile, também segue fechado. A reabertura desse mercado só deve ocorrer após uma missão diplomática chilena nas plantas frigoríficas do Rio Grande do Sul. “Está previsto a vinda de uma comitiva chilena para fazer uma auditoria ainda no primeiro semestre deste ano”, informou o dirigente.

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Enquanto isso, a produção que seria destinada a esses mercados está sendo redirecionada para outros países com demanda semelhante. “As indústrias que têm condições estão enviando para outros mercados, enquanto outras vão readequando a produção”, explica.

No ano passado, as perdas gaúchas estimadas com o fechamento dos mercados após o caso de Newcastle foram de cerca de US$ 180 milhões.

Perspectivas

Apesar do desafio de retomar os mercados embargados, o setor de aves gaúcho, terceiro maior exportador de carne de frango do Brasil, passa por um momento de recuperação.

Santos destaca que a crise da influenza aviária nos Estados Unidos, que levou ao descarte milhões de aves, reduziu a oferta no mercado norte-americano, elevando os preços e abrindo mais oportunidades para o Brasil. “O Rio Grande do Sul e o país vêm sendo demandados para exportar ovos. A carne de frango vem mantendo o equilíbrio, tem uma demanda, um leque maior de importadores, mas o setor vem trabalhando com cautela”, enfatiza.

Ele lembra ainda que além do embargo à carne de frango gaúcha, o estado enfrentou perdas devido às enchentes em 2024, então, as incertezas climáticas e sanitárias que exigem atenção. No entanto, a indústria segue ajustando seus volumes de produção para atender tanto o mercado interno quanto externo, apostando na retomada do consumo e na demanda internacional.

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