Brasil prepara estudo de viabilidade para isentar açúcar entre países do Mercosul

O desejo de incluir o açúcar na lista de produtos isentos no comércio entre membros do Mercosul é um pleito antigo do Brasil e pode avançar algumas casas até o fim do ano. O Brasil assumiu a Presidência Pro Tempore do Mercosul em julho e essa é umas pautas que o governo tenta emplacar. 

Conforme o diretor do Departamento de Mercosul do Itamaraty, embaixador Francisco Cannabrava, o país está preparando um estudo para mostrar aos membros do bloco a viabilidade da medida. Segundo ele, há “muito interesse” do Brasil em incluir o produto nessa isenção.  

“Nós estamos num processo de trabalhar com um estudo de viabilidade da inclusão do açúcar [na isenção]. O BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, vai fazer um trabalho sobre a viabilidade da gente incluir o açúcar”, disse o diplomata a jornalistas depois de participar do 1º Fórum Empresarial Agrícola do Mercosul organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta quarta-feira, 05.

Uma das funções do bloco econômico é zerar ou reduzir tarifas de importação de produtos no comércio intra-bloco. No caso do Mercosul, o bloco isenta da Tarifa Externa Comum (TEC) a maior parte dos produtos. No entanto, dois segmentos estão fora desse benefício: produtos do setor automotivo e o açúcar. 

Segundo o embaixador, o Brasil “compreende as sensibilidades” dos demais países nesse tema. De acordo com ele, países que não são competitivos na produção do adoçante temem que a isenção poderá afetar as cadeias produtivas internas. 

“A gente está atento a isso, o que a gente precisa é encontrar maneiras de trabalhar a inclusão do açúcar, de uma maneira que seja boa para os outros também. A maneira como a gente está trabalhando é pensar na cadeia produtiva, tanto a jusante quanto a montante”, afirmou Cannabrava

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