Soja cai mais 1% em Chicago, apesar de dados de exportação acima do esperado

Após iniciar o dia buscando suporte nos negócios, os futuros da soja renovaram as mínimas na tarde desta quinta-feira, 8. Conforme acompanhamento da consultoria Safras & Mercado, no intermediário do pregão o contrato com vencimento para setembro de 2024 chegou a ser comercializado a US$ 9,95 por bushel, queda de 0,99% ante fechamento do dia anterior. Já a posição para novembro, o contrato mais comercializado, desceu à mínima e encerrou o dia a US$ 10,07 por bushel, queda de 1,08%. 

Conforme a Safras, o mercado até tentou suporte em compras de barganha e em dados sobre exportações semanais norte-americanas consistentes, mas os negócios perderma força no decorrer do dia. Ainda prepondera a previsão de clima favorável nos Estados Unidos, que deve garantir uma safra cheia no país.

No radar do mercado, agentes seguem sob expectativa quanto aos dados do próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a ser divulgado na próxima segunda-feira, 12. 

Segundo o analista da Agrinvest, Eduardo Vanin, as condições boas e excelentes das lavouras norte-americanas continuam em torno de 70%, o que abre espaço para o USDA elevar a produtividade no próximo relatório. No entanto, ressalta o especialista, “a parte mais baixista do balanço americano é a estimativa do USDA quanto à exportação”.

USDA relata exportação de mais de 325 mil toneladas de soja da safra 2023/24

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) comunicou nesta quinta-feira, 8, que na semana encerrada em 1° de agosto as exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, ficaram em 325,4 mil toneladas. A China liderou as importações, com 134,5 mil toneladas. O USDA também informou que, para a temporada 2024/25, foram mais de 985,2 mil toneladas vendidas no período. 

Os analistas esperavam exportações entre 100 mil e 1,2 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. “As vendas ficaram acima das estimativas para a temporada 23/24, no entanto, o que surpreendeu foram as vendas para o ciclo 24/25, de mais de 985 mil toneladas, bem acima da média das estimativas de 650 mil”, comenta o analista da Agrivet.

Para Vanin, a soja norte-americana está se tornando mais competitiva na exportação e, com a desaceleração do programa brasileiro, é possível que o programa de exportação de soja dos EUA ganhe impulso. Ainda assim, no acumulado desta temporada os embarques norte-americanos somam 1,5 milhão de toneladas, bem abaixo dos 9,1 milhões observados na mesma época do ano passado. 

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