Preços: suíno e soja sobem enquanto boi e frango vivo seguem em queda
Confira as cotações do Cepea para as carnes e soja
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17/02/2024
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
Os preços da carne suína subiram com mais força na última semana, em relação às concorrentes – de frango e bovina. A estimativa foi realizada no atacado da Grande São Paulo e divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Nesta sexta-feira, 16, o maior valor pago pelo quilo do suíno vivo foi de R$6,86, em Minas Gerais. Já o preço mais baixo foi praticado em Santa Catarina, de R$6,15.
Segundo os pesquisadores, a valorização da carne suína se deve à oferta interna ligeiramente menor e à procura aquecida. No entanto, agentes consultados pelo Centro de Pesquisas já observaram diminuição no ritmo das vendas, contexto que pode pressionar as cotações nos próximos dias.
Com quebra na safra, preço da soja sobe
A saca de 60 quilos da soja fechou a semana cotada a R$118,35 em Paranaguá. Uma alta de +1,13% no mês. De acordo com o Cepea, a alta é resultado da combinação de demanda internacional firma, valorização do dólar frente ao Real e as preocupações quanto à baixa produtividade na safra brasileira 2023/2024.
Pelo mais recente levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade da soja deve ser 5,5% menor em relação à safra anterior, resultando em 149 milhões de toneladas (queda de 3,4% na produção). Isso mesmo com o aumento de 2,3% na área cultivada, totalizando 45,1 milhões de hectares.
Baixa procura mantém preço do boi gordo em queda
Na parcial do mês (até o dia 14), o Indicador CEPEA/B3 recuou 3%. Os preços caíram, segundo os pesquisadores, porque a oferta dos pecuaristas superou a demanda dos frigoríficos.
De janeiro até agora, foram abatidas 33,9 milhões de cabeças, pelos números do IBGE. O total é 13,2% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, e se aproxima do recorde de 2013, quando 34,4 milhões de cabeças foram abatidas.
Poder de compra de avicultores em alta
Ainda pelo levantamento do CEPEA divulgado nesta sexta-feira, 16, o poder de compra dos avicultores paulistas vem crescendo em fevereiro, mesmo com a desvalorização do frango vivo. O motivo é a queda mais significativa de milho e farelo de soja, os principais insumos para a produção avícola.
Já o recuo do frango vivo se deve à menor procura de animais para abate ao longo da primeira quinzena de fevereiro, diante da retração nas vendas da carne. Confira mais dados sobre Cotações.