Cotações
Preços do café, algodão e laranja são afetados pelo cenário climático
Oferta global e margens apertadas também pressionam os mercados, além das condições climáticas
Redação Agro Estadão
08/09/2025 - 13:27

O mercado de café iniciou setembro com ajustes na primeira semana do mês, principalmente no robusta, que registrou quedas expressivas após a forte valorização dos meses anteriores. Em agosto, tanto o arábica quanto o robusta haviam alcançado máximas dos últimos três meses, impulsionados por fatores climáticos adversos e incertezas na oferta global.
As recentes correções, conforme os especialistas da Markestrat, refletem ajustes técnicos e realização de lucros, mas reforçam que a volatilidade do mercado deve se manter elevada. “Para os produtores e traders, a atenção continua voltada à produtividade futura e às condições climáticas, que podem influenciar de forma decisiva os preços nos próximos meses”, indicam.
Algodão
No mercado de algodão, a colheita mantém ritmo firme, com alguns estados superando 80% da área colhida, embora Mato Grosso, principal estado produtor, avance em ritmo mais lento. Apesar da produtividade, os preços permanecem pressionados, acumulando perdas ao longo do mês. Somente no mercado doméstico, a queda acumulada da última semana foi de 1,88%.
No cenário externo, a possibilidade de compras recordes pela Índia pode oferecer suporte a uma recuperação futura. Mas, os analistas apontam que, a volatilidade internacional, tarifas e custos internos continuam sendo desafios significativos para os produtores brasileiros, que precisam ajustar suas estratégias de venda com cautela diante da incerteza do mercado global.
Laranja
O mercado de laranja apresenta sinais mistos neste início de setembro. Os preços físicos seguem firmes, registrando valorização ao longo do mês, mas os contratos futuros do suco registraram quedas acentuadas, refletindo expectativas de maior oferta e demanda menos aquecida.
Segundo a Markestrat, a colheita da safra 2025/26 no Brasil mantém a qualidade da fruta em níveis relativamente baixos, limitando ganhos adicionais no mercado in natura. Por outro lado, os estoques de suco, que devem se normalizar até 2026, trazem perspectiva de maior equilíbrio no médio prazo. “Apesar disso, o cenário atual segue pressionado pela volatilidade e pelas margens apertadas para os produtores, exigindo atenção na definição de estratégias de comercialização”, alerta a consultoria.
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