Cotações
Preço da batata cai no atacado pelo segundo mês seguido em abril, mostra Conab
Em Santa Catarina, a queda do preço da batata foi maior: 25,1%; movimento de queda aconteceu mesmo com menor oferta do produto
3 minutos de leitura 20/05/2024 - 11:31
Por: Broadcast Agro
São Paulo, 20 – A batata comercializada nos principais mercados atacadistas ficou mais barata pelo segundo mês seguido em abril. A maior queda foi registrada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Santa Catarina, com redução de 25,1% em comparação com as cotações de março. Os preços ficaram mais baixos mesmo com a menor oferta do tubérculo, uma vez que a demanda pelo produto também caiu. Isso é o que mostra o 5º Boletim mensal do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira, 20.
A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).
Conforme comunicado da estatal, o comportamento de preço da batata pode não se repetir em maio. Isso porque, no início deste mês, a média dos preços nas Ceasas está acima de abril. De acordo com a análise da Conab, este pode ser um sinal de início do período de entressafra do tubérculo, uma vez que há uma tendência de o pico da safra das águas ter passado, e ter se iniciado a safra da seca/inverno, que ainda não é suficiente para pressionar as cotações.
No caso da cebola, a alta nos preços vem sendo registrada desde outubro do ano passado, sendo observada uma queda apenas em janeiro. Mesmo com a oferta declinante no Sul do País, a região continuou em abril a ter maior representatividade no comércio total de cebola nas Ceasas. Porém, a partir de maio, com o término da safra catarinense, o abastecimento passa a ser feito pela produção de Goiás, de Minas Gerais e da Bahia. “Essa descentralização de oferta, normalmente provoca queda de preço, inclusive pelos menores custos de transporte”, disse a Conab.
Também houve alta de preço para o tomate que, mesmo com o maior envio do produto aos atacados em abril quando comparado a março, a oferta não foi suficiente para levar a uma queda nos preços. Segundo o Boletim, o panorama atual também é de entressafra, como a cebola, e a safra de verão ainda não foi compensada pelas remessas do início da safra de inverno.
No caso da cenoura, os preços em abril tiveram reversão, apresentando alta na maioria das Ceasas. Na média ponderada, a alta foi de 5,00% em relação à média de março. “Com a queda dos envios a partir de Minas Gerais, principal abastecedor, ocorre a natural pressão de demanda sobre produções de outros estados. Como também não existia excedente, a maior demanda se traduz em alta de preço”, explicou a Conab.
Para a oferta de alface em abril, o mercado apresentou dois períodos distintos. Até meados do mês, chuvas nas regiões produtoras elevaram os preços. Após a metade de abril, condição mais favoráveis de colheita, os preços cederam.
Frutas
Para as frutas, a análise da Conab também considera aquelas de maior peso no IPCA (banana, laranja, melancia, maçã e mamão).
Segundo o Boletim da Companhia, houve aumento da oferta nacional de banana em abril, principalmente da variedade nanica do Vale do Ribeira (SP), norte mineiro e norte catarinense. Esse incremento na quantidade do produto também pressionou os preços da banana prata. O cenário para o consumidor para a fruta se mostra mais favorável que a batata, uma vez que há perspectiva da chegada de boa safra em meados de junho, as cotações devem diminuir ainda mais, tanto para a variedade prata quanto nanica.
Laranja e melancia foram os outros produtos que apresentaram redução nos preços, segundo a estatal. O clima mais frio causou impacto negativo na demanda pelas duas frutas, o que exerce pressão de queda nas cotações.
Maçã e mamão registraram alta nos preços. A colheita da maçã gala e seu armazenamento nas câmaras frias foram finalizados, com um menor volume colhido e, por isso, menores estoques acumulados. Já a maçã fuji teve colheita lenta por causa das chuvas na Região Sul que castigaram os pomares em março e abril, principalmente no Estado gaúcho.
Para o mamão, houve queda da oferta nas zonas produtoras do Sudeste. Esse quadro só começou a ser amenizado no fim do mês, com a pequena elevação da oferta e da qualidade das frutas, concluiu a Conab.
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