Cotações
Mercado do boi inicia junho em alta; veja tendência no curto prazo
Valorização da arroba foi registrada em 27 de 32 praças acompanhadas pela Scot Consultoria, indicando reação no mercado do boi

Redação Agro Estadão
06/06/2025 - 11:39

O mercado do boi gordo começou junho em ritmo mais firme. Segundo levantamento da Scot Consultoria, até o dia 4 deste mês, 27 das 32 praças pecuárias monitoradas no Brasil registraram alta nas cotações da arroba. Nas demais cinco, o cenário foi de estabilidade, um comportamento que, conforme a consultoria, indica recuperação nos preços em praticamente todo o país.
O analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabris, explica que esse movimento ocorre devido ao diferencial de base entre regiões tradicionalmente exportadoras que está mais estreito, especialmente entre o Centro-Oeste e São Paulo. “Hoje, em São Paulo, temos um boi gordo, descontados os impostos, a R$ 302,50. Já no norte de Mato Grosso e nas três praças monitoradas em Mato Grosso do Sul, os preços giram em torno de R$ 300,50 por arroba”, disse, em comunicado.
Segundo o especialista, essa proximidade nos preços ajuda a entender a alta generalizada, impulsionada também por maior número de plantas frigoríficas habilitadas para exportação, principalmente para a China.
Além disso, a sustentação dos preços tem relação com o tipo de animal disponível. De acordo com dados do Sistema de Inspeção Federal (SIF), maio registrou o maior volume de bovinos abatidos em 2025, com 2,44 milhões de cabeças. A participação de fêmeas caiu para 42,5%, abaixo da média registrada nos meses anteriores, indicando uma maior presença de machos, geralmente mais valorizados, no mercado. “A redução na participação de fêmeas e o aumento da oferta de machos têm contribuído para um mercado mais firme neste início de mês”, salienta o analista.
Expectativa para junho
A expectativa da Scot Consultoria é de manutenção do viés de alta, ao menos na primeira quinzena de junho. A firmeza nos preços deve ser sustentada por uma exportação aquecida e pela recuperação do consumo doméstico, com o mercado interno mais capitalizado após o início do mês.
A dúvida, segundo Fabris, é até quando esse cenário se manterá. “No curto prazo, acreditamos que, sim, os preços seguirão firmes. A questão é se esse movimento será sustentado nos próximos meses”, ressalta, informando que será necessário acompanhar os desdobramentos do mercado pecuário ao longo do mês.

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