Cotações
Em alta: boi gordo sobe quase 6% em um mês
Cotações seguem sustentadas por demanda aquecida e oferta enxuta de animais
1 minuto de leitura 16/09/2024 - 17:15
Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com
Com oferta apertada de animais e abate recorde, os preços do boi gordo seguem em alta no mercado físico. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), na sexta-feira, 13, a arroba bovina encerrou o dia negociada a R$ 254, avanço de 1,05% frente ao dia anterior. Esta foi a nona alta consecutiva. Na comparação com igual período de agosto a valorização é de 5,94%.
Conforme análise da consultoria Markestrat, apesar das expectativas de aumento de oferta e queda no preço da arroba devido às queimadas e agravamento da estiagem, os preços do boi gordo seguem sendo sustentados pela demanda aquecida e oferta de animais mais enxuta. No segundo trimestre deste ano, o Brasil bateu recorde de 9,96 milhões de cabeças bovinas abatidas. Além do mercado interno, a proteína brasileira também segue sendo demandada no exterior, mantendo as exportações aquecidas.
Ainda de acordo com a Markestrat, no mercado futuro, os preços também continuam em valorização, tanto no Brasil (B3) quanto em Chicago (CBOT), e essa tendência deve permanecer até o final do ano. Além do aperto na oferta de gado bovino no Brasil, a consultoria também aponta que o baixo estoque de animais nos Estados Unidos também tem contribuído para o movimento de alta.
No entanto, ressalta a consultoria, a longo prazo, novas regulamentações da União Europeia podem impactar essa tendência, aumentando a oferta de carne bovina no mercado interno.
“Essa política pode impactar os avanços de eficiência e sustentabilidade que o Brasil tem alcançado através de biotecnologias reprodutivas nos últimos anos, impactando desde o sistema de produção até a mesa dos consumidores”, diz a consultoria.
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