Cotações
Boi: movimento de alta perde intensidade e frigoríficos mantêm escalas alongadas
Sem sustentação no atacado paulista, preços das carnes caem levemente nesta segunda quinzena do mês
1 minuto de leitura 25/07/2024 - 11:43
Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com
Sem grandes alterações, o mercado físico do boi gordo manteve preços firmes nesta quarta-feira, 24, na comparação diária. Em São Paulo, Minas Gerais e Paraná a arroba segue negociada entre R$ 220 e R$ 230 a prazo.
Em Mato Grosso do Sul, conforme acompanhamento da consultoria Agrifatto, na comparação semanal, há uma valorização de 0,59%, com a arroba cotada a R$ 223,03. Na B3, os contratos voltaram a subir, mas de maneira ainda “tímida”, o vencimento para julho ficou em R$ 231,55 por arroba, com incremento de 0,41% no comparativo diário.
Ainda de acordo com a consultoria, o volume negociado de maneira mais comedida foi o suficiente para manter as programações de abates em boa parte das praças monitoradas. Na média nacional a escala se encontra em nove dias úteis.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ao longo de julho, o que tem havido no mercado bovino é uma recuperação, ainda que lenta, das sucessivas baixas ocorridas no primeiro semestre. Assim, frigoríficos seguem preenchendo boa parte das escalas com animais já contratados, uma vez que vêm encontrando pecuaristas firmes nos pedidos de preços maiores no mercado spot, principalmente fora do estado de São Paulo.
Com arroba sustentada, carnes perdem sustentação na 2° quinzena
Quanto às carnes, os preços no atacado paulista registraram pequenas quedas nos últimos dias. Segundo o Cepea, os valores costumam perder sustentação na segunda quinzena, e, pelo menos por enquanto, não se nota impacto significativo da confirmação de foco da doença de Newcastle numa granja de frangos no Vale do Alto Taquari (RS), no mercado bovino.
EUA ampliam aquisições de carne bovina da Argentina
No cenário internacional, o mercado norte-americano da carne bovina continua aquecido. Conforme relato da Agrifatto, após adquirir 18 mil toneladas de carne bovina in natura do Brasil no mês passado, os EUA também voltaram as atenções para a Argentina no último mês e se tornaram o segundo principal importador de carne bovina do país, adquirindo 4,35 mil toneladas de proteína bovina e com isso o primeiro semestre de 2024 se encerrou com os americanos adquirindo 17,20 mil toneladas de carne bovina dos argentinos.
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