Economia
Conheça o peixe 'tipo exportação' nativo do Brasil
O curimatá oferece vantagens para o produtor, com menor risco de perdas e ciclo de produção eficiente

Redação Agro Estadão*
12/06/2025 - 08:00

Um herói discreto da piscicultura brasileira está fazendo números impressionantes nos mercados internacionais. O peixe curimatá registrou um crescimento de 333% nas exportações no primeiro trimestre de 2025 com US$ 580 mil, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura.
O curimatá foi a segunda espécie mais exportada, atrás somente da tilápia. O Peru é um dos principais importadores desse peixe brasileiro.
Para o produtor rural brasileiro, o curimatá representa uma oportunidade promissora na criação em cativeiro. Sua adaptabilidade o torna uma excelente opção para diversificar a produção aquícola e atender à crescente demanda por proteína de qualidade.
O que é o curimatá?
O curimatá, também conhecido como papa-terra, curimatã, curimba ou curimbatá, é um peixe nativo dos rios brasileiros que tem conquistado espaço na piscicultura nacional.
Caracteriza-se por seu corpo alongado e comprimido lateralmente, com escamas prateadas que refletem tons azulados. Em média, pode atingir entre 30 e 40 centímetros de comprimento, embora exemplares maiores não sejam incomuns.
Este peixe possui hábitos alimentares peculiares, sendo considerado um “limpador” natural dos ambientes aquáticos. Alimenta-se principalmente de detritos orgânicos e microorganismos presentes no fundo dos rios e lagos, contribuindo para o equilíbrio ecológico desses ecossistemas.
Na culinária, o curimatá é apreciado por sua carne branca e saborosa, com baixo teor de gordura. É especialmente indicado para pratos assados, grelhados ou cozidos, sendo uma opção saudável e versátil na gastronomia regional.
Onde o curimatá vive naturalmente?
O habitat natural do curimatá abrange uma vasta área do território brasileiro, com presença marcante nas bacias hidrográficas do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do país. Adapta-se bem a diferentes ambientes aquáticos, incluindo:
- Rios de médio e grande porte;
- Lagos naturais e artificiais;
- Açudes e reservatórios.
Sua distribuição geográfica se estende desde a bacia do São Francisco até os rios da Amazônia, passando por importantes sistemas fluviais como o Paraná-Paraguai. Esta ampla presença demonstra a notável capacidade de adaptação do curimatá às diversas condições climáticas e ambientais do Brasil.
A piscicultura de curimatá como oportunidade

Para o produtor rural que busca investir na piscicultura, a criação de curimatá apresenta diversas vantagens. Primeiramente, o curimatá demonstra rusticidade, o que significa que ele suporta variações nas condições de cultivo, diminuindo os riscos de perdas na produção.
Além disso, essa espécie apresenta um crescimento eficiente, atingindo o tamanho comercial em um período relativamente curto, favorecendo a rotatividade da produção.
Outro ponto positivo é a versatilidade do curimatá, que se adapta bem a diferentes sistemas de cultivo, desde viveiros escavados até tanques-rede, permitindo ao produtor escolher o método mais adequado à sua realidade.
Por ser uma espécie que se alimenta de detritos e microorganismos, o curimatá também proporciona um baixo custo de produção, já que requer menos insumos em sua dieta, reduzindo os gastos com alimentação.
A carne do curimatá possui boa aceitação pelos consumidores, tanto no mercado interno quanto para exportação, garantindo assim a demanda pelo produto.
No mercado interno, o curimatá mostra-se promissor, com uma demanda crescente em diferentes segmentos. Além do consumo direto, que valoriza sua carne saborosa e nutritiva, o curimatá encontra espaço em pesque-pagues e indústria de processamento para produção de filés, empanados e outros produtos de valor agregado.
Sua adaptabilidade, baixo custo de produção e aceitação no mercado fazem do curimatá uma escolha estratégica para quem busca diversificar e agregar valor à produção piscícola.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Economia
1
Tarifa: enquanto Brasil espera, café do Vietnã e Indonésia pode ser isento
2
COP 30, em Belém, proíbe açaí e prevê pouca carne vermelha
3
Exportações de café caem em julho, mas receita é recorde apesar de tarifaço dos EUA
4
Você nunca ouviu dessa raiz, mas ela já foi mais importante que o trigo
5
Rios brasileiros podem ser ‘Mississipis’ do agro, dizem especialistas
6
Suco de laranja: apesar da isenção, setor ainda perde R$ 1,5 bilhão com tarifas

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Economia
O que a comitiva do agro brasileiro fez no Japão?
Além de carne bovina e suína, Brasil negocia ampliar vendas de farelo de soja; Japão pede preços mais competitivos

Economia
Nem todos os estados devem exportar carne bovina ao Japão, indica secretário do Mapa
Abertura está em negociação e o governo prevê anunciar em breve; a expectativa inicial é vender de 30 a 50 mil toneladas de carne bovina

Economia
BRF prevê queda de 2% no custo da ração no 2º semestre
Companhia também estima cenário de equilíbrio entre oferta e demanda de carnes aves e suínos no segundo semestre

Economia
Centro-Sul processa 50,217 milhões de t de cana na 2ª quinzena de julho
Produção de açúcar caiu 0,80%, etanol hidratado recuou 13,54% e etanol anidro, 6,57% em comparação com igual período na safra 2024/2025
Economia
Por que o agro está atento ao encontro entre Putin e Trump?
Setor acompanha com cautela a cúpula no Alasca, que pode resultar em novas sanções aos produtos brasileiros e redefinir o mercado de fertilizantes
Economia
Gilson Bittencourt assume vice-presidência de Agronegócios do Banco do Brasil
Agrônomo assume mandato até 2027 após aprovação pelo conselho de administração do banco
Economia
Amado por uns, odiado por outros: esse tempero polêmico é cheio de benefícios
Apesar da polêmica, o coentro é um tesouro nutricional: melhora a digestão, protege as células com antioxidantes e beneficia o coração
Economia
Sem Brasil, lanchonetes nos EUA têm carne com preço mais alto
JBS USA alerta que país não tem substituto e que medida afetará o preço final dos hambúrgueres