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Chuvas previstas não devem resolver estiagem e Paraná decreta emergência

Medida busca agilizar ações para mitigar impactos na agricultura e no abastecimento

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Paloma Santos | Brasília

23/05/2025 - 18:05

Foto: Adobe Stock
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Apesar da previsão de chuvas para os próximos dias no Paraná, o volume não será suficiente para reverter o déficit hídrico causado pela estiagem prolongada. Nesta quinta-feira, 22, o governo decretou situação de emergência hídrica em todo o estado devido à estiagem prolongada que afeta a região desde dezembro. A medida, de caráter preventivo, quer acelerar a resposta aos impactos no abastecimento de água e na produção agrícola, especialmente nas regiões centro, sudoeste e oeste.

O Decreto n.º 10.047/2025, assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, mobiliza todos os órgãos estaduais sob coordenação da Defesa Civil para ações de resposta, reabilitação e reconstrução dos cenários afetados. O documento permite a dispensa de licitação para contratação de bens, serviços e obras emergenciais por até 180 dias.

A estiagem já compromete o abastecimento de água, com a Sanepar orientando o uso consciente. Na agricultura, as perdas são registradas em culturas como milho e soja. A decisão estadual atende a um pedido do Sistema FAEP, que alertou para chuvas abaixo do normal e solicitou a medida. O presidente interino da entidade, Ágide Eduardo Meneguette, ressaltou os impactos econômicos da estiagem.

“O Paraná já acumula perdas significativas, da ordem de R$ 153 milhões até o momento. É um prejuízo expressivo, e não podemos deixar nossos produtores desamparados justamente no momento em que mais precisam”, afirmou em entrevista ao Agro Estadão, destacando o comprometimento das instituições que representam o setor.

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Com a medida, as prefeituras dos municípios atingidos podem formalizar a adesão à situação de emergência, facilitando, por exemplo, o acesso a crédito e renegociações junto aos bancos. “A princípio, a ação está focada na renegociação das dívidas já existentes. Mas é possível também buscar algum tipo de linha de crédito emergencial ou outro tipo de auxílio, dependendo da articulação com o governo e instituições financeiras”, complementou Meneguette.

Déficit hídrico continua

Segundo Desirée Brandt, meteorologista e sócia-executiva da Nottus, apesar das recentes chuvas, o volume não é suficiente para reverter o déficit hídrico. “Nos últimos dias choveu, é claro que não é a chuva ideal para recuperar reservatório. Foi uma chuva boa para aumentar a umidade do solo, para o agro, então isso trouxe uma certa manutenção para as lavouras”, disse, em entrevista ao Agro Estadão. “Agora, para os próximos dias, temos previsão de chuva forte, mas ela vai ser passageira. É uma chuva boa para manutenção das lavouras, porém, não é o suficiente para recuperar o déficit hídrico”, alertou.

Segundo nota do governo paranaense, o cenário de seca vem sendo monitorado desde o final de 2024. Em abril deste ano, o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), em parceria com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), já apontava aumento da seca moderada nas regiões sudoeste e extremo oeste. A situação se agravou com a persistência de chuvas abaixo da média, principalmente nas regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.

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