Clima
Café Canéfora tem Zoneamento agrícola atualizado
O canéfora representou 30% do faturamento bruto dos cafés em 2023
Da Redação
01/03/2024 - 12:25

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) do café canéfora foi atualizado pelo Ministério da Agricultura, delimitando regiões e épocas de cultivo em classes de risco climático.
No caso do café, assim como no caso das demais culturas perenes, o Zarc se subdivide em dois estudos. O primeiro, identifica os municípios com menor risco para o ciclo anual de produção considerando o cafezal estabelecido, em produção. O segundo estudo define as épocas de menor risco para o desenvolvimento do cafezal, ou seja, considerando o plantio de mudas.
A avaliação dos riscos climáticos do café canéfora considera o sistema de classificação de solo em 6ADs – que são classes de solo que determinam a capacidade de água disponível para a planta. Também diferencia os dois sistemas de produção: sequeiro e irrigação.
A intensidade e a duração do déficit hídrico é o principal limitador à cultura no sistema de produção sem irrigação. Temperaturas muito baixas, inclusive geadas, ou temperaturas muito elevadas, especialmente no florescimento, podem afetar o sistema irrigado e o de sequeiro. Esses são os principais riscos climáticos da cultura que balizaram o estudo de probabilidades elaborado por especialistas da Embrapa e utilizado no planejamento da produção e redução de riscos, exigido para obtenção do seguro rural.
Segundo dados do IBGE, 11 municípios de dez estados mantêm produção de conilon e robusta, variedades botânicas da espécie canéfora. Espírito Santo, Rondônia e Bahia são os principais estados produtores.
Atualmente, o café canéfora responde por 30% do faturamento bruto dos cafés no Brasil, que ficou em quase R$ 50 bilhões em 2023, de acordo com o Observatório do Café da Embrapa. A espécie ocupou 400 mil hectares de lavouras no ano passado e rendeu cerca de 16,2 milhões de sacas de café beneficiado, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
O canéfora é destinado especificamente para a produção de café solúvel e de blends. Ele tem mais cafeína, sólidos solúveis e ácidos que o arábia, o principal tipo consumido no mercado nacional e internacional. A maior resistência a algumas doenças e a menor dependência de insumos, faz com que agricultores familiares invistam na cultura.
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