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Uma visão sobre novas tecnologias, sustentabilidade e a transição energética no agronegócio

Os resultados da recém-divulgada Pesquisa Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, promovida pelo SAE Brasil (da sigla em inglês Society of Automobile Engineers), têm um valor estratégico para quem gosta de pensar os caminhos futuros e os desafios do agronegócio brasileiro

A associação é uma importante fonte de conhecimento sobre a atualização tecnológica da indústria, focadas em inovações e tendências da mobilidade brasileira e internacional. Reunindo a opinião de produtores e cooperativas, indústrias e fornecedores de máquinas, caminhões e fabricantes, distribuidores de insumos e equipamentos de tecnologia, o estudo teve como objetivo compreender de forma estratégica o momento do agronegócio brasileiro, seus dilemas e oportunidades.

Realizada em 2023, a iniciativa buscou capturar os estímulos que levam os produtores rurais a investir em novas tecnologias, as tendências tecnológicas que estão sendo trabalhadas pelos fabricantes, a visão sobre sustentabilidade e a transição energética na cadeia do agronegócio.

Entre as principais oportunidades manifestadas pelo produtor, a que aparece em primeiro lugar é a agricultura de precisão, com atenção especial para algumas tecnologias já bastante utilizadas como geoprocessamento, piloto automático dos equipamentos e aplicação por taxa variada. Em segundo lugar, temos a oportunidade de utilizar novas tecnologias como a eletrificação e maior utilização de biocombustíveis nos equipamentos agrícolas.

A pesquisa demonstrou que 38% dos respondentes elegeram a capacitação dos produtores e da mão de obra como o grande desafio a ser enfrentado pelo agronegócio brasileiro e aqui sugiro a leitura do meu artigo anterior “Agronegócio: sucesso no campo e na sala de aula” 

Sobre os maiores benefícios da utilização das tecnologias na fazenda, a redução do custo de produção lidera como o principal resultado esperado, seguido pelo aumento da produtividade. Os respondentes deram menor importância a aspectos ambientais, segurança na propriedade e qualidade de vida.

Apesar de 51% dos participantes concordarem com a importância da gestão das emissões de carbono, na prática, eles ainda não fazem esse balanço. Em contrapartida,  24% já estão realizando esse controle. Por outro lado, apenas 14% não acreditam na sua importância. É preciso considerar que não existe a obrigatoriedade do produtor fazer balanço das emissões, tanto de CO2, quanto de metano.

A parcela mais expressiva de produtores e cooperativas acredita que os biocombustíveis vão ter uma expansão moderada nos próximos anos. Para cada agente, as votações foram semelhantes para os três produtos: biodiesel, com 47%, biometano, com 41%, e diesel verde com 47%.

No caso do setor industrial, os respondentes estão mais otimistas em relação à expansão do biodiesel e ao diesel verde do que produtores e cooperativas. Um percentual de 40% dos fabricantes (superior aos 37% dos produtores) aposta na adoção dessa transição crescente para o biodiesel. No diesel verde, a mesma situação: 32% dos produtores e cooperativas indicam numa forte expansão desse combustível, mas os industriais elevam o número para 38%.

A pesquisa é um esforço colaborativo preparado com a contribuição de especialistas membros da mentoria AGRO da SAE BRASIL e da liderança AGRO da KPMG, com a AutoData Editora. São muitos os aspectos tratados no estudo e que não haveria condição aqui de reproduzir. Espero ter gerado a curiosidade suficiente para estimular o leitor a ter um olhar dedicado em seu conteúdo neste link: https://pages.saebrasil.org.br/relatorio-pesquisa-caminhos-da-tecnologia-no-agronegocio

Categorias: Opinião
Tags: Francisco Turra, novas tecnologias, sustentabilidade

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