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Servidores ambientais entram em greve geral

1 minuto de leitura

24/06/2024 | 18:52

Por: Sabrina Nascimento - com informações da Agência Brasil

Categoria reivindica aumento salarial e reestruturação de carreira; agentes seguiam a operação padrão desde o início do ano

Servidores federais da área de meio ambiente entraram em greve geral nesta segunda, 24. O movimento é registrado na Paraíba, Pará, Acre, Rio Grande do Norte e Brasília. Segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), outros 17 estados devem aderir à paralisação a partir do dia 1º de julho. 

Integram o movimento funcionários públicos vinculados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e ao Serviço Florestal Brasileiro.

Embora a greve tenha começado agora, desde o início do ano os servidores vêm realizando uma operação padrão, informalmente chamada de operação tartaruga, que compromete a emissão de licenças e dificulta as atividades de fiscalização.

Em negociação há seis meses com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a categoria reivindica aumento salarial e reestruturação de carreira. Entre as principais reivindicações está a equiparação com a remuneração das carreiras de nível superior da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que, no passado, estava integrada ao Ibama. Após a separação, segundo a Ascema, há servidores da ANA com salário inicial maior que o salário de final da carreira de um especialista em meio ambiente.

Impactos econômicos e ambientais

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Brasil deixa de produzir 80 mil barris de petróleo por dia devido à demora na emissão de licenças, com a paralisação do Ibama. Esse montante representa perdas financeiras ao redor de R$ 200 milhões por mês.

Além do mais, o movimento dos servidores ambientais afeta as operações de brigadas e de combate ao fogo no Pantanal, Cerrado e Amazônia. Juntos, os três biomas respondem por 84,1% dos focos de fogo verificados no acumulado deste ano até o dia 23 de junho, somando 28.055 ocorrências. 

Posicionamentos

Ao Agro Estadão, o ICMBio informou que as discussões estão sendo realizadas no âmbito do Ministério do Meio Ambiente (MMA), uma vez que não envolve apenas servidores do Instituto. 

Sobre as negociações, o MGI informou que “aguarda resposta formal à última proposta feita pelo governo na mesa de negociação, que prevê reajustes de 19% a 30% para a categoria”. O Ministério ainda afirma que “segue aberto ao diálogo com os servidores do meio ambiente e de todas as outras áreas da administração pública federal”.   

A reportagem também procurou o MMA e o Ibama, mas não obteve resposta até o momento da publicação deste conteúdo. 

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Categorias: Agropolítica

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