Presidente da FPA avalia o vice-presidente da República como moderado e racional para resolver a questão do tarifaço com o governo Trump
A indicação do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, para conduzir as negociações sobre o tarifaço americano foi bem vista pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR). Na última segunda-feira, 6, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma conversa por telefone, pela qual ficaram definidos interlocutores dos dois lados para tratar do assunto.
“Acho que a escolha do presidente Alckmin é uma ótima escolha para essas negociações. Ele é extremamente moderado, racional, pouco ideológico e consegue pensar com racionalidade nas alternativas para resolver essa questão com os Estados Unidos”, destacou Lupion a jornalistas após a reunião-almoço da FPA desta terça-feira, 7.
O chefe da bancada ruralista também “aprovou” a escolha do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para representar o lado americano. Lupion ainda ressaltou que qualquer avanço nas negociações são “bem-vindas” e pediu celeridade.
“Qualquer tipo de avanço para evitar essas tarifas no setor são extremamente positivas. […] Espero que a gente avance logo. A gente não aguenta mais esperar porque o problema está muito sério”, completou o presidente da FPA ao lembrar de setores que têm sido afetados pelas alíquotas americanas, como o madeireiro.
Um dos projetos que deve ter tramitação acelerada no Congresso Nacional é o que muda as regras de ratificação dos registros de imóveis em faixa de fronteira. A intenção da FPA é simplificar o processo. Durante a reunião, a relatora do projeto na Comissão de Relações Exteriores, senadora Teresa Cristina (PP-MS), disse que a expectativa é de uma apreciação no Plenário do Senado ainda em outubro.
A matéria precisa passar pela Comissão de Relações Exteriores e pela Comissão de Agricultura, mas já há um entendimento para que o projeto ganhe urgência. Depois disso, poderá ser analisado no Plenário e por fim retornar à Câmara dos Deputados.
Em setembro, foi sancionada a lei que ampliou o prazo para que essas validações fossem feitas. O prazo venceria em outubro deste ano e passou para outubro de 2030. A legislação foi possível depois de um acordo com o governo para desmembrar essa parte do projeto. Agora, os parlamentares avaliam as mudanças na ratificação.