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Grupo brasileiro emite R$ 1,2 bilhão em CPR Verde após comprar área na Amazônia

Com o registro na B3, grupo poderá vender CPR Verde para empresas que precisam compensar a emissão de carbono 

O Grupo Diax, holding brasileira de empresas nas áreas de tecnologia, finanças e sustentabilidade ambiental, está disponibilizando R$ 1,2 bilhão em CPR Verde (Cédula do Produto Rural) para empresas interessadas em fazer a compensação da emissão de carbono. O valor registrado na B3 (Bolsa de Valores do Brasil) equivale à compensação de nove milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) por um período de 41 anos. A operação foi realizada pelo escritório Souza Barquette Advogados.

“O grupo fez o compromisso da preservação e os créditos dessa preservação podem ser vendidos para empresas e indústrias que têm suas emissões de carbono maiores que a quota permitida. Para equalizar o problema, podem comprar esse crédito e, com isso, a operação se capitaliza e é possível investir na região”, explica ao Agro Estadão o advogado especialista em agronegócio, Vinícius Souza Barquette.

Os títulos contemplam uma área de 18 mil hectares no meio da floresta Amazônia, próximo ao município de Novo Aripuanã, no estado do Amazonas. Na área comprada, o grupo pretende desenvolver ações de proteção ao meio ambiente e fomento social e econômico para as comunidades locais – dentro do projeto Green Guardians.

O advogado Vinícius Souza Barquette explica que o estudo ambiental feito na região concluiu que cada tonelada de carbono sequestrada da atmosfera equivale a R$ 130,60. Ou seja, se uma empresa deseja compensar a emissão de 100 toneladas, ela deverá investir R$ 13.600. 

Vale lembrar que a compensação de carbono já é uma estratégia global das empresas para reduzir os impactos ambientais causados pela emissão de gases de efeito estufa – o que acontece em todas as atividades produtivas e industriais. Além disso, a iniciativa demonstra o compromisso das companhias com a sustentabilidade. 

O que é a CPR Verde

A CPR Verde foi criada em 2021 pelo governo federal e trata-se de um título de agronegócio, que funciona como um pagamento por serviços ambientais prestados. Esse tipo de compensação financeira está previsto no Código Florestal Brasileiro para agricultores que mantêm áreas de preservação permanente e de reserva legal nas propriedades. 

A cédula pode ser emitida por produtores rurais, associações e cooperativas e deve ser acompanhada de certificação feita por auditoria externa, de acordo com o Ministério da Fazenda. 

O advogado Vinícius Souza Barquette explica como foi a transação de CPR Verde.
Categorias: Sustentabilidade
Tags: CPR Verde, crédito de carbono, efeito estufa, emissão de carbono, Floresta Amazônia

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