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Bioinsumos: vendas crescem 15% no Brasil

1 minuto de leitura

25/06/2024 | 14:39

Por: Sabrina Nascimento

Soja e milho respondem pelo maior uso de produtos de origem biológica na safra 2023/2024

A comercialização de bioinsumos no Brasil cresceu 15% na safra 2023/2024 em comparação com a temporada anterior, resultando em R$ 5 bilhões em vendas. Os dados inéditos foram divulgados nesta segunda-feira, 25, em coletiva de imprensa realizada pela CropLife Brasil, entidade que reúne 53 associados responsáveis por cerca de 80% do mercado de produtos biológicos de defesa vegetal, e a PwC, uma das maiores redes de serviços profissionais do mundo.

Entre as culturas semeadas no Brasil, a soja e o milho respondem pelo maior uso de bioinsumos, com 55% e 27% respectivamente. A cana-de-açúcar aparece na sequência (12%). As demais culturas – algodão, café, citros e hortifruti, representam 6%. 

Olhando para a distribuição regional, a maior parcela da aplicação dos produtos de origem biológica se concentra no Centro-Oeste brasileiro, com três estados entre os cinco principais usuários de bioinsumos:

Ao analisar a área tratada no país, considerando os produtos químicos e biológicos, houve um crescimento de aproximadamente 15%. No entanto, a produção de bioinsumos avançou a um ritmo mais acelerado, em torno de 35%, segundo a pesquisa. “Ou seja, estamos falando de volume de produtos que muitas vezes podem ser utilizados mais de uma vez na mesma área. E se formos comparar a participação dos biológicos aos defensivos químicos, os biológicos tiveram uma participação na safra anterior da ordem de 12%”, explica Eduardo Leão, presidente da CropLife Brasil.  

Em relação às perspectivas, a CropLife Brasil acredita que o mercado de bioinsumos continuará crescendo no mesmo ritmo de expansão observado nos últimos anos. Segundo a entidade, esse movimento deve ocorrer à medida que os agricultores se tornam mais familiarizados com as melhores práticas de utilização desses produtos. “Os fatores que são fatores desafiadores hoje estão sendo superados através de inovação, novos produtos”, disse Renato Gomides, gerente administrativo financeiro da CropLife Brasil.

Mercado mundial de bioinsumos

O levantamento ainda destacou que, o mercado mundial de bioinsumos movimenta entre US$ 13 e 15 bilhões, abrangendo quatro principais tipos de insumos: aqueles que controlam pragas e doenças, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores. Dentre esses produtos, os que controlam pragas e doenças representam quase 60% do mercado.

A expectativa para o setor é extremamente positiva, com uma previsão de crescimento anual de 13% a 14% até 2032, o que pode elevar o volume de vendas para cerca de US$ 45 bilhões de dólares. 

Além disso, há um potencial de adoção crescente dos bioinsumos, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. O Brasil também se destaca nesse cenário, com uma das maiores taxas de utilização desses produtos. “Inclusive, as nossas empresas já exportam produtos desenvolvidos aqui no Brasil para muitos países da América do Sul e Latina, particularmente Colômbia, Argentina, Paraguai e outros”, ressalta Leão. 

Expectativa Plano Safra 2024/25

A expectativa da CropLife Brasil para o próximo plano agrícola e pecuário, a ser lançado na próxima semana, é que sejam mantidos os incentivos de taxas de juros diferenciadas para práticas consideradas mais sustentáveis, incluindo a utilização de bioinsumos. Na safra passada, houve um estímulo ao setor. 

“Nossa expectativa é de que haja o contínuo incentivo, cada vez maior, de práticas mais sustentáveis na agricultura”, disse o presidente da CropLife. 

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Categorias: Sustentabilidade

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