Segundo o ministério, além de uma linha de crédito, outras medidas para reconstrução das áreas de produção atingidas pelos incêndios estão sendo estudadas
Diante das queimadas que atingem lavouras de diferentes regiões e biomas do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou na sexta-feira, 30, que está formatando uma linha de crédito específica para o replantio da cana-de-açúcar.
Isso porque, especialmente no estado de São Paulo, lavouras que já tinham sido colhidas e estavam em fase vegetativa foram impactadas. “Elas queimaram e essa cana-de-açúcar morreu, por isso há a necessidade de replantio”, disse em nota o ministro da Agricultura.
Conforme estimativa da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), cerca de 80 mil hectares em áreas de cana-de-açúcar e de rebrota de cana já foram queimados.
O Brasil é maior produtor de cana-de-açúcar do mundo e lidera as exportações globais no segmento sucroacooleiro. Somente neste ano, as exportações de açúcar de cana em bruto registram mais de U$ 8,69 bilhões, o que representou um recorde histórico para o setor, segundo Mapa.
Outras medidas para reconstrução das áreas de produção atingidas pelas queimadas estão sendo estudadas pelo Ministério. “Vamos dimensionar as perdas e, às medidas que as demandas vão se apresentando, vamos trabalhando nas providências. Ainda tem bastante trabalho a ser feito”, ressaltou Fávaro.
O ministro destaca, ainda, a importância da conscientização acerca dos efeitos das mudanças climáticas.
“Estamos saindo de uma crise no Rio Grande do Sul ainda, levando medidas para a reconstrução, e já vem outras agora em função da seca, de queimadas e nós temos que, imediatamente, criar a consciência em todos. Aqueles ainda que duvidavam de mudanças climáticas, acho que esse discurso já ficou para trás. O governo do presidente Lula sabe da sua responsabilidade e vem lançando programas cada vez mais da conscientização e direcionamento com respeito à preservação do meio ambiente, que é o nosso grande ativo”, afirmou.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.