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Coffee Coin: Minasul quer potencializar o bitcoin do café

1 minuto de leitura

21/06/2024 | 14:30

Por: Sabrina Nascimento

“O Banco do Brasil mesmo nos procurou para fazer essa alavancagem”, garante José Marcos Magalhães, presidente da cooperativa

A Minasul, segunda maior cooperativa exportadora de café do Brasil, quer alavancar seu coffee coin, a moeda digital do café. A iniciativa foi criada há quatro anos e tem facilitado a comercialização dos mais de 10 mil produtores cooperados.

Atualmente, a Minasul conta com uma exchange (plataforma para negociação de criptomoedas) para gerir as transações de Coffee Coins, mas está avaliando a parceria com uma entidade financeira para potencializar essa iniciativa. 

“Tem entidades financeiras interessadas em turbinar nossa ideia. O Banco do Brasil mesmo nos procurou para poder avaliar e fazer essa alavancagem e nós estamos estudando”, explicou o presidente da Minasul, José Marcos Magalhães, ao Agro Estadão durante o 10º Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias (ENCA), encerrado na quarta, 19.

A moeda digital do café foi desenvolvida para ser um meio de pagamento facilitador dentro e fora da cooperativa, permitindo a compra de insumos, materiais e outros bens necessários aos produtores. O coffee coin é construído com base na tecnologia de blockchain — técnica de registro que permite segurança e transparência de operações virtuais.

Além do mais, a moeda é do tipo stablecoin, uma classe de dinheiro digital que oferece menor volatilidade de preços por ser atrelada a um ativo de reserva, no caso o café. As negociações são balizadas pelas cotações na bolsa de Nova Iorque, considerando 1 coffee coin para cada 1kg de café verde (os grãos que ainda não foram torrados). 

Atualmente, há 60 mil coffee coins disponíveis no mercado, equivalente a 60 mil toneladas de café verde.

Durante os períodos de baixa no preço do grão, por exemplo, os produtores podem adquirir o coffee coin e guardá-lo até que os preços subam novamente. “No final das contas, se o cafeicultor quiser resgatar o café físico, ele pode resgatar o físico”, explica Magalhães. Para oferecer essa garantia, os estoques de cafés são permanentemente verificados por meio de auditorias especializadas. 

Minasul 2030

A Minasul quer expandir seus negócios e fortalecer o impacto social na região de Varginha (MG). Para isso, a cooperativa trabalha com um plano estratégico denominado “Minasul 2030”. Dentro do planejamento está a pretensão de aumentar a capacidade da cooperativa e ingressar no setor de proteínas animais, abrindo novas oportunidades de mercado.

José Marcos Magalhães, presidente da Minasul durante o 10º ENCA | Foto: Cida Muniz

“Estamos seguindo todo o roadmap [planejamento] que nós desenhamos. Não é nada com a Agenda 2030 da ONU, é um planejamento nosso. Então, nós temos previsão de industrializar mais agora, e de entrar em proteínas”, afirma o presidente da Minasul à reportagem. 

A cooperativa também tem ações planejadas na parte social. Está em construção, no complexo operacional da Minasul, em Varginha (MG), uma clínica de atenção primária à saúde (APS). Esta clínica terá capacidade para atender até 5 mil pessoas. Inicialmente, a equipe de atendimento contará com sete profissionais de saúde, entre médicos, psicólogos e fisioterapeutas. 25 especialidades clínicas por meio de telemedicina serão igualmente oferecidas. 

“É uma coisa bastante inovadora, nenhuma cooperativa de produção tem”, enfatiza Magalhães.

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Categorias: Inovação

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