Inovação

Angus e Sebrae fecham parceria para ampliar o uso da avaliação genômica no Sul do país

Além de democratizar o acesso à tecnologia, iniciativa quer aumentar o banco de dados da raça angus, que já possui mais de 16 mil avaliações genômicas

A Associação Brasileira de Angus estabeleceu, nesta terça-feira,13, uma parceria estratégica com o Sebrae de Santa Catarina e do Paraná, que pretende democratizar o acesso a tecnologias como a avaliação genômica e ultrassom de carcaça bovina para pequenos e médios produtores.

No estado paranaense, a parceria prevê a realização de mais de 2 mil avaliações genômicas e 500 ultrassons de carcaça, enquanto em Santa Catarina, a expectativa é de 600 avaliações genômicas ainda neste ano. Essa ação é uma continuidade de um projeto iniciado em 2023, no Rio Grande do Sul, onde mais de 2 mil genotipagens e ultrassons foram realizados em colaboração com o Sebrae do estado. 

Por meio do programa de estímulo à inovação Sebraetec, a iniciativa tem o objetivo de subsidiar o acesso a essas tecnologias, melhorar as informações de seleção dos criatórios brasileiros e ampliar o número de animais Angus com genotipagem. Atualmente, a Associação Brasileira de Angus conta com mais de 16 mil animais com avaliação genômica, contribuindo significativamente para a seleção da raça. 

A iniciativa é direcionada a propriedades rurais criadoras de Angus, de pequeno a médio porte. “Estamos, com essa parceria, garantindo que a tecnologia chegue a um número maior de produtores e, ainda, beneficiando todos os criadores de Angus ao ampliar a quantidade de informações disponíveis da raça”, explica, em nota, Mateus Pivato, gerente de fomento da Associação Brasileira de Angus. 

Benefícios das tecnologias

Conforme a associação pecuária, a seleção por meio da genômica traz enormes possibilidades para o aprimoramento e rapidez no melhoramento genético do rebanho, oferecendo informações com maior precisão sobre características de interesse econômico. Já a ultrassonografia possibilita a observação de estruturas corporais dos animais como a espessura de gordura subcutânea, a deposição de gordura intramuscular e a área do músculo longissimus, contribuindo no aprimoramento genético da raça. “Essas características estão diretamente relacionadas à melhora no rendimento cárneo, à qualidade da carne e à precocidade de acabamento. Informações que vão para o banco de dados da associação e acelera o processo de melhoramento genético da raça como um todo”, explica Pivato.

Como participar

Os interessados em participar do projeto devem procurar a Associação Brasileira de Angus, que irá auxiliar o produtor na inscrição junto ao Sebrae. Não há um custo para participar do programa, já sobre a realização dos exames, há uma cobrança variável.

“Dependendo do tipo de contrato, os criadores têm um custo de 30% [Paraná] no valor do exame – da ultrassonografia ou genotipagem. Aqui no Rio Grande do Sul eles têm um custo de 60% e em Santa Catarina de 50%, não é gratuito, mas não tem custo para ingressar no projeto, sim para a análise que está sendo contratada”, explica Mateus Pivato ao Agro Estadão. Conforme a Associação, demais custos com a realização dos exames serão subsidiados pelo Sebrae.

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