Economia

RS já semeou mais de 70% do arroz

Área total prevista para cultivo de arroz no Rio Grande do Sul nesta safra é de 948 mil hectares; clima deve ajudar a concluir os trabalhos

Fernanda Farias | Porto Alegre | fernanda.farias@estadao.com

08/11/2024 - 07:00

Semeadura de arroz em lavoura de Pedro Osório (RS). Foto: Tiago Sievert/Irga

A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul alcançou 73,07% nesta semana. Até agora, 692,9 mil hectares foram plantados, do total de 948,3 mil hectares previstos para a safra 2024/2025. Os dados são do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que realiza levantamentos semanais.

A área da Fronteira Oeste se encaminha para o final dos trabalhos, com 82,4% da área semeada (231,9 mil hectares). “Acreditamos que, pela previsão do tempo não marcar mais chuva para a próxima semana, em dez dias a área semeada irá praticamente chegar perto dos 100%. Os manejos estão dentro do esperado e já temos muitas lavouras com a irrigação, com os manejos de herbicida e ureia concluídos”, explica Cleiton Ramão, coordenador da regional do Irga.

Já a região Central é a que está com menor percentual semeado e atingiu 42,29% das lavouras (53,2 mil hectares). O coordenador dessa região, Ênio Coelho, destaca o empenho dos orizicultores gaúchos, principalmente os da região Central.

“O ponto importante a ser analisado e observado nesta semana na evolução de semeadura é a resiliência do produtor de arroz do Rio Grande do Sul, pois, embora tenham enfrentado dificuldades no início da semeadura, eles seguem em constante evolução em suas áreas. Isso mostra o quanto é eficiente o sistema e o cultivo de arroz no RS”, afirma.

Se o clima tem ajudado no avanço da semeadura, a dificuldade de acesso ao crédito pode interferir na tecnologia implementada e, consequentemente, na qualidade da produção e na produtividade. A preocupação foi levantada nesta semana em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, para tratar da renegociação de dívidas dos agricultores gaúchos afetados pelas enchentes.

Ao mesmo tempo, a Conab confirmou que, em breve, vai anunciar a compra do cereal por meio de contratos de opção.

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