Após secas, produção de cana-de-açúcar deve cair 9,4% e somar 593 milhões de toneladas, prevê Datagro
As secas constantes que ocorrem nas regiões produtoras de cana-de-açúcar provocaram aumento não só de queimadas, mas também de doenças. De acordo com a Orplana, houve uma disseminação da murcha, uma praga que até então tinha baixa incidência, especialmente nos canaviais da região Centro-Sul do país.
A preocupação foi levantada durante painel na 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada nesta segunda-feira, 21, em São Paulo. O presidente da Datagro, Plinio Nastari, chamou atenção aos desafios desta safra. Além das secas, houve o plantio tardio e as chuvas irregulares, que impactaram negativamente o rendimento das lavouras.
Com base nesse panorama, a consultoria prevê uma queda de 9,4% na produção de cana-de-açúcar para 2024/2025, totalizando 593 milhões de toneladas. Como consequência, a produção de etanol deverá sofrer uma retração de 1,2% para 33,18 bilhões de litros. O açúcar também deve sofrer uma baixa de 8,8% e somar 38,7 milhões de toneladas, segundo a Datagro.
Além disso, há uma projeção de aumento nos custos de produção dos em 9,1% em relação ao período anterior, “principalmente devido à perda de produtividade agrícola”.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.