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Economia

Você sabia que existem fazendas no fundo do mar?

As fazendas marinhas combinam inovação e sustentabilidade na produção de alimentos e diversificação de negócios

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão*

26/06/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
Foto: Adobe Stock

Imagine uma fazenda onde, em vez de tratores, há barcos; no lugar de campos arados, existem estruturas submersas; e as colheitas são feitas com redes em vez de ceifadeiras. Bem-vindo ao mundo das fazendas marinhas.

As fazendas marinhas representam uma solução inovadora e uma oportunidade de diversificação para o produtor rural. A sua importância se estende além da produção de alimentos. 

Um exemplo notável é o projeto da Embrapa que estuda o uso de macroalgas para aumento de produtividade agrícola.

Esta iniciativa demonstra como a maricultura pode contribuir para a inovação em práticas agrícolas tradicionais, criando sinergias entre os ambientes terrestres e marinhos.

O que são fazendas marinhas e como funcionam?

Fazendas marinhas, também conhecidas como maricultura, são áreas no oceano dedicadas ao cultivo de organismos aquáticos. Diferentemente da aquicultura tradicional em água doce, essas fazendas aproveitam o vasto espaço e os recursos dos mares e oceanos para produzir alimentos e outros produtos marinhos.

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Nestas fazendas, são cultivados diversos organismos, incluindo peixes, crustáceos, moluscos e algas. As instalações podem ser localizadas próximas à costa ou em alto-mar, dependendo das espécies cultivadas e das condições ambientais necessárias.

Para o produtor rural familiarizado com as práticas agrícolas terrestres, a transição para a maricultura pode parecer desafiadora. 

No entanto, muitos princípios básicos de manejo, como o monitoramento da saúde dos organismos, o controle da alimentação e a gestão do ambiente de cultivo, são semelhantes. 

A principal diferença está no meio aquático, que apresenta desafios únicos, como a necessidade de equipamentos especializados e o manejo das condições oceânicas.

Por que investir em fazendas marinhas?

O investimento em fazendas marinhas representa uma oportunidade de diversificação do negócio, reduzindo a dependência de culturas terrestres tradicionais e aumentando a resiliência econômica da propriedade.

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Além disso, as fazendas marinhas abrem portas para novos mercados. Um exemplo desse potencial é o recorde de exportações de pescado cultivado no primeiro trimestre de 2025, conforme dados do Ministério da Pesca e Aquicultura.

As exportações alcançaram US$ 18,5 milhões, um aumento impressionante de 112% em valor e 89% em volume comparado ao mesmo período de 2024.

Ademais, a maricultura oferece uma solução sustentável para a produção de alimentos. Com a pressão crescente sobre os recursos terrestres e a necessidade de alimentar uma população global em expansão, as fazendas marinhas surgem como uma alternativa viável e ecologicamente responsável.

Principais cultivos e tecnologias em fazendas marinhas

fazendas marinhas
Foto: Adobe Stock

Espécies mais cultivadas em fazendas marinhas

As fazendas marinhas cultivam uma variedade de espécies, cada uma com suas particularidades e demandas de mercado. Entre as mais comuns e economicamente viáveis, destacam-se:

  • Ostras: apreciadas como iguaria, são relativamente fáceis de cultivar e adaptáveis a diferentes ambientes costeiros;
  • Mexilhões: conhecidos por sua rápida taxa de crescimento e alto valor nutricional;
  • Camarões: muito valorizados no mercado, requerem manejo cuidadoso e condições específicas de cultivo.

Além desses, certas espécies de peixes marinhos, como o salmão e o robalo, também são cultivadas com sucesso em fazendas marinhas. Cada espécie tem suas condições ideais de cultivo, que incluem fatores como temperatura da água, salinidade e disponibilidade de alimento.

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O cultivo de algas e seu potencial

O cultivo de algas marinhas está ganhando destaque no cenário da maricultura. Além de seu uso tradicional na alimentação, as algas têm aplicações diversas na indústria de cosméticos, na produção de biocombustíveis e como fertilizantes agrícolas.

O interesse crescente nesse segmento se deve à versatilidade das algas e seu potencial de contribuir para a sustentabilidade.

Inovação e tecnologia nas fazendas marinhas

A tecnologia desempenha um papel fundamental na eficiência e sustentabilidade das fazendas marinhas. Sistemas de monitoramento avançados permitem o acompanhamento em tempo real das condições da água e da saúde dos organismos cultivados. 

Alimentadores automatizados garantem a distribuição precisa de nutrientes, reduzindo o desperdício e otimizando o crescimento.

Drones aquáticos e submarinos são utilizados para inspeção das estruturas submersas e monitoramento do comportamento dos animais. Softwares de gestão integram dados de produção, ambiente e mercado, auxiliando os produtores na tomada de decisões estratégicas.

Essas inovações melhoram a produtividade e reduzem os riscos associados à maricultura, tornando-a uma opção mais segura e atraente para investidores e produtores.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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