Exportações do agronegócio caem 10% em março, enquanto trimestre atinge recorde com U$ 37,44 bilhões 

As exportações do agronegócio em março de 2024 somaram US$ 14,21 bilhões, valor 10,8% menor em comparação com o mesmo mês de 2023. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (SCRI/Mapa), o resultado foi influenciado pela queda internacional dos preços dos alimentos. O índice subiu em março, após sete meses de queda, mesmo assim ficou 7,7% abaixo do que era praticado há um ano. 

Os cinco principais setores exportadores, que correspondem a 83,4% do total, foram: complexo soja (44,3% de participação nas exportações do agronegócio brasileiro); carnes (12,8%); complexo sucroalcooleiro (11,3%); produtos florestais (9,4%); e café (5,7%). 

No caso da soja, as exportações recuaram 27,2%, passando de US$ 8,65 bilhões para US$ 6,30 milhões. Apesar da redução, esse é o terceiro melhor volume da série histórica, segundo o Mapa. 

No setor de carnes, também houve redução de 7,1% na receita das exportações, que somaram US$ 1,82 bilhão. Nesse grupo, a carne bovina foi o principal produto e alcançou US$ 841,5 milhões em receita, aumento de 21,9% em relação a março/23.

O principal país importador de produtos do agronegócio brasileiro continua sendo a China, com a fatia de 35,9%, mesmo com redução de 23% na receita, que somou US$ 5,10 bilhões. Tiveram destaque no aumento da participação os Estados Unidos (+1,7%), Emirados Árabes Unidos (+1,4%) e Índia (+1,2%).

Exportações do agronegócio aumentaram 4,4% no primeiro trimestre

De janeiro a março de 2024, as exportações do agronegócio somaram US$ 37,44 bilhões, recorde para o período, representando um crescimento de 4,4% em relação aos US$ 35,85 bilhões exportados entre janeiro e março de 2023. O setor representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período.

O resultado do trimestre foi puxado pelo aumento nas vendas de açúcar (+US$ 2,52 bilhões), algodão (+US$ 997,41 milhões) e café verde (+US$ 563,64 milhões). O bom resultado nas embarcações desses produtos para o mercado internacional compensou a queda nas exportações de milho (-US$ 1,2 bilhão); soja em grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo de soja (-US$ 543,45 milhões).