Para organização da Expointer, mais importante que “números” é a retomada dos negócios na primeira feira realizada após as enchentes de maio
Com o slogan “Superar é da nossa natureza”, a 47ª Expointer abriu os portões neste sábado, 24, em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Esta é a primeira Expointer realizada após as enchentes do final de abril e início de maio, que devastaram boa parte do estado e do agronegócio gaúcho.
Por isso, a feira tem um significado especial para os organizadores e participantes – o de recuperação. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, tão importante quanto o volume é a retomada dos negócios.
O Rio Grande do Sul concentra 65% das indústrias do segmento no país e foi bastante afetado pelas enchentes e registrou queda de 44% nas vendas em maio. Na feira, o setor representa 95% dos negócios fechados.
“As indústrias estão com boas expectativas de vendas, e nossa meta é atingir, pelo menos, os mesmos números da última edição, apesar dos juros elevados e dos estoques nas revendas”, pondera Bier, que também é presidente da Federação das Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, a feira pode ser um impulso para a retomada das vendas em um setor fundamental para a expansão produtiva. “O setor de máquinas e implementos agrícolas é extremamente importante e as expectativas são grandes para esta edição, mas estamos cientes das dificuldades que nossos produtores vêm enfrentando”, destaca em nota.
A Expointer tem cerca de 130 expositores de máquinas e implementos e mais de 3,4 mil animais de argola inscritos para julgamento. A feira acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, até o dia 1º de setembro.
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