Economia
Dívidas rurais: 7 em cada 100 agricultores ficaram inadimplentes no primeiro trimestre de 2024
Entre as regiões, Sul tem menor percentual de agricultores com dívidas rurais (4,9%), enquanto Norte lidera (10,5%), diz Serasa Experian
1 minuto de leitura 22/07/2024 - 15:47
Por: Fernanda Farias | Porto Alegre | fernanda.farias@estadao.com
A inadimplência entre produtores rurais com dívidas chega a 7,3% da população do campo que atua como pessoa física no Brasil, segundo a Serasa Experian. Os dados se referem ao primeiro trimestre deste ano e mostram um aumento de 0,8% em relação aos três primeiros meses de 2023.
Para o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, o número pode ser interpretado como relativamente positivo. “Mesmo com os diversos desafios enfrentados pelo setor no último ano, como a queda do preço das commodities e a subida dos custos de insumos agropecuários, os números de inadimplência no agro se mantiveram praticamente estáveis e a maior parcela dos proprietários rurais brasileiros conseguiu honrar seus compromissos financeiros”, afirma em nota.
Os pequenos proprietários rurais representam a menor fatia entre os inadimplentes (6,5%), enquanto os grandes proprietários (9,9%) aqueles sem registro de cadastro rural (9,8%) são os mais endividados.
O Indicador de Inadimplência do Agronegócio considerou dívidas rurais vencidas com mais de 180 dias e até cinco anos, com valor de no mínimo R$ 1.000. Os valores estão relacionados a operações com instituições financeiras, agroindústria de transformação e comércio atacadista agro, além de produção e revenda de insumos e de máquinas agrícolas.
Sul tem menor nível de inadimplência entre as regiões
Entre as regiões agrícolas do país, o Norte tem o maior percentual, de 10,5%, seguida do Nordeste (9,1%), Matopiba (9%), Centro-Oeste (7,5%), Sudeste (6,2%) e Sul (4,9%). Sobre o Sul ocupando a última posição, Pimenta avalia:
“É possível que esse cenário mude, devido aos impactos climáticos negativos provocados pelas enchentes deste ano. No entanto, a suspensão das negativações anunciada pela ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito), a boa penetração de Seguros Rurais na região e a experiência da população rural, podem minimizar esses reflexos”.
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