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Economia

Com 864 mil toneladas de feijão, Paraná bate novo recorde de produção

Mesmo com queda na segunda safra, alta expressiva na primeira garante volume histórico que já pressiona preços

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Redação Agro Estadão

18/07/2025 - 12:03

Foto: Gilson Abreu/AEN
Foto: Gilson Abreu/AEN

Nesta semana, o Paraná encerrou a colheita da segunda safra de feijão, alcançando 526,6 mil toneladas. Com a produção da primeira safra, o estado estabelece um novo recorde: 864,6 mil toneladas. O resultado mantém o Paraná na liderança nacional, com aproximadamente um quarto da produção brasileira. As informações constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira, 17. 

A segunda safra de feijão foi plantada quase toda entre janeiro e fevereiro, com semeadura de 328 mil hectares. Segundo o relatório elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), área foi 25% inferior à semeada no ano passado – 437 mil hectares. Assim, a produção também recuou quase nos mesmos percentuais – em 2024 foram colhidas 681 mil toneladas.

CONTEÚDO PATROCINADO

Em comunicado, o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista do Departamento de Economia Rural (Deral), destacou que a primeira safra, colhida principalmente em janeiro, teve crescimento de 102% em relação ao ano passado, saltando de 112 mil para 226 mil toneladas. Segundo ele, as duas primeiras safras compõem quase toda a oferta do estado, já que a terceira tem peso reduzido — a previsão para ela é de apenas 600 toneladas.

Conforme o agrônomo, um dos reflexos da oferta expressiva é a queda nas cotações, o que pode ter influenciado as decisões dos produtores para a próxima safra. Atualmente a saca do feijão preto está cotada em cerca de R$ 121,00, valor 44% inferior a julho do ano passado, quando estava em R$ 228,38. “Com maior disponibilidade interna do produto, a tendência é de redução na área a ser plantada a partir de agosto, em relação à primeira safra 2025/26”, disse Godinho.

Safras avançam no campo, mas clima e comércio exterior geram alertas

De acordo com o Deral, a colheita da segunda safra de milho 2024/25 atingiu 29% da área de 2,7 milhões de hectares no Paraná, superando a média das últimas cinco safras, que era de cerca de 20% para o mesmo período. Apesar do ritmo, a qualidade das lavouras piorou. “Essa deterioração nas condições de campo pode estar relacionada diretamente às geadas ocorridas no final de junho, que afetaram parte das regiões produtoras”, informou o boletim.

Na pecuária, segundo o departamento, o mercado bovino enfrenta pressão de baixa nos preços da arroba, agravada pelas tarifas anunciadas pelos EUA, o que tem gerado incertezas nos produtores. “Os suínos de alto valor genético mantêm o Paraná na liderança nacional nas exportações, com destaque para o mercado do Paraguai”, destaca o documento. 

Já o setor apícola “comemora crescimento nas exportações de mel, com o Paraná ocupando o terceiro lugar nacional”, embora o segmento enfrente desafios climáticos e também tema as barreiras comerciais iminentes impostas pelos EUA. 

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