Economia
Carne bovina: julho tem recorde de volume exportado, porém preços médios têm queda
Mesmo com diversificação, China e EUA ainda representam mais da metade das exportações e influenciam no preço
Da Redação
12/08/2024 - 11:17
A venda de carne bovina para os mercados internacionais registrou um novo recorde em julho,
com 291 mil toneladas comercializadas. O recorde anterior era de dezembro de 2023, quando
o país exportou 282,5 mil toneladas. Os dados foram divulgados pela Associação
Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta segunda, 12, e foram fornecidos pela Secretaria de
Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
(MDIC).
Apesar do bom resultado, os preços médios por tonelada de carne bovina tiveram queda
comparando os meses de julho de 2023 e 2024. No ano passado, a quantidade foi negociada
em média a US$ 4.265, enquanto neste ano, o valor foi de US$ 4.007. Devido ao volume maior
(cerca 42% a mais em comparação a julho de 2023), as receitas também cresceram e saltaram
de US$ 876,9 milhões para US$ 1,166 bilhão em julho deste
ano (alta de 33%).
No acumulado de sete meses, o volume e o faturamento também são maiores. Entre janeiro e julho de 2023, o Brasil havia exportado 1,28 milhão de toneladas a um preço de US$ 5,810 bilhões. No mesmo período deste ano, o país já registra 1,73 milhão de toneladas por US$ 6,988 bilhões, valor também considerado recorde para esse recorte temporal.
Segundo a Abrafrigo, “a tendência de queda nos preços médios tem se mantido desde o ano
passado, muito por consequência das negociações feitas com os compradores da China”. O
país asiático foi responsável por 40% das negociações de carne bovina neste ano. Na
comparação dos volumes enviados à China, entre janeiro e julho, o crescimento é de 12,7%,
porém a receita recuou 0,2%.
O segundo maior destino das carnes bovinas brasileiras são os Estados Unidos, que
ampliaram a compra na comparação dos acumulados dos sete primeiros meses do ano. Em
2023, nesse período, os norte-americanos haviam adquirido 142,6 mil toneladas, enquanto em
2024 já foram embarcadas 263,2 mil toneladas. No entanto, o preço médio por tonelada caiu de US$ 3.910 para US$ 2.910.
Completam a lista dos quatro principais países compradores os Emirados Árabes, que
importaram 106,4 mil toneladas (crescimento de 212%), e o Chile, que comprou 57.241 mil
toneladas (queda de 3,5%). “No total, 92 países elevaram suas importações no acumulado do
ano em 2024 enquanto outros 71 reduziram suas aquisições”, informou a entidade.
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