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Economia

ABCS rebate críticas dos EUA sobre barreiras à carne suína

Criadores norte-americanos acusam Brasil de protecionismo e pedem liberação para entrada de carne suína dos EUA

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Sabrina Nascimento | São Paulo | sabrina.nascimento@estadao.com

04/09/2025 - 14:12

Marcelo Lopes, presidente da ABCS, durante o Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura. | Foto: ABCS
Marcelo Lopes, presidente da ABCS, durante o Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura. | Foto: ABCS

A suinocultura brasileira também foi alvo de críticas durante a audiência da Seção 301 nos Estados Unidos, que investiga práticas comerciais supostamente desleais por parte do Brasil. Além das acusações sobre trabalho infantil na agropecuária, o Conselho Nacional de Produtores norte-americanos de Carne Suína (NPPC) acusou o país de protecionismo.

Ao USTR — órgão que coordena a política comercial internacional dos EUA — o conselho disse que o “Brasil mantém uma proibição à carne suína dos EUA sem justificativa científica”. Além disso, segundo a NPPC, o Brasil descumpre compromissos internacionais do Acordo Sanitário Fitossanitário e da Organização Mundial do Comércio, impondo exigências mais rigorosas a produtos importados do que aos nacionais, sob o pretexto de segurança alimentar e saúde animal.

CONTEÚDO PATROCINADO

A entidade norte-americana pediu ainda que o USTR trabalhe para eliminar essas barreiras não tarifárias, permitindo a exportação de carne fresca, congelada e processada dos EUA para o Brasil.

Por aqui, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) reagiu às críticas. Ao Agro Estadão, o presidente Marcelo Lopes, refutou os apontamentos de que o país não cumpre os acordos internacionais. Ele afirmou ainda que não faz sentido abrir o mercado nacional para trazer uma carne que já é produzida e exportada. “É claro que o produtor norte-americano tem interesse em entrar no mercado brasileiro, porque é um mercado extremamente forte, mas é uma competição que não seria justa com nós produtores aqui no Brasil”, afirmou. 

Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção e exportação de carne suína. Enquanto isso, os EUA aparecem em terceiro na produção e lideram as exportações globais.

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Além disso, segundo ele, o setor está com boas perspectivas de expansão da produção e exportação. Porém, devido às incertezas políticas, jurídicas e os juros elevados, os criadores colocaram o pé no freio. “Se você tem a inserção de mais carne, aumenta a oferta aqui no mercado, você começa a ter problemas. Eu acho que isso prejudica muito a produção nacional. Então, a gente precisa ter muito juízo nesse momento”, 

A ABCS reconhece que acordos precisam ser feitos, mas defende que seja de produtos que o Brasil necessita. “O Brasil não precisa importar carne suína até porque exportamos pouquíssimo para os EUA”, salientou. 

No último ano, os EUA foram o 10º principal destino da carne suína exportada pelo Brasil, respondendo por 2,24% do total, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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