Apesar do impulso das atividades em campo, cotações do grão sobem; saca do café arábica tem alta de 6%, diz Cepea
O volume de café arábica colhido nas regiões do cerrado mineiro e do sul de Minas Gerais, importantes polos de produção da variedade, já passou da metade do total esperado para a temporada 2024/25. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), produtores seguem preocupados com a qualidade do grão, que ainda está aquém do esperado.
Desde o começo da colheita, no sul de Minas, agentes consultados pelo centro de estudos relatam que a gramatura dos grãos está inferior ao registrado em período equivalente de anos anteriores, com grãos de peneira abaixo de 17/18 (um tipo de classificação utilizada para identificar o tamanho dos grãos). Assim, cafeicultores demandam mais grãos para encher uma saca, aumentando o custo unitário de produção.
Para o robusta, a colheita está se aproximando da reta final. Conforme o Cepea, a qualidade da variedade também está inferior e o grão está com peneira abaixo do esperado.
Referente ao mercado, mesmo com as atividades de campo avançando bem no Brasil, as cotações do arábica e do robusta seguem em elevação. Respectivamente, nesta terça-feira, 9, a primeira variedade fechou o dia a R$ 1.455,34, alta de 6,17% na variação mensal (base SP). Quanto ao robusta, a saca de 60 kg do grão tem ganho de 5,40% no mês, negociada a R$ 1.288,50 nesta terça (base ES).
Conforme pesquisadores do Cepea, o suporte aos preços internos parte do cenário de oferta global apertada, em especial de robusta. Além disso, o centro de estudos aponta que o volume de grãos da nova safra brasileira de café está com baixo volume disponibilizado no spot, assim, também pressionando as cotações.
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