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Soja e derivados seguem sob pressão em Chicago diante da melhora das lavouras

Cotação do óleo de soja tem a maior queda; milho tem leve recuperação na bolsa internacional após forte declínio no início da semana

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Rafael Bruno - atualizado às 18h30

09/07/2024 - 15:08

Foto: Adobe Stock
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Os contratos futuros da soja e seus derivados seguiram em queda nesta terça-feira, 9, na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O contrato do grão com vencimento em novembro, tido como referência para a atual safra norte-americana, fechou o dia negociado a US$ 10,80 por bushel, uma redução de 1,77% na comparação diária.  

A queda mais acentuada foi observada no óleo de soja, com o contrato para novembro despencando 4,04%, aos 46,31 centavos de dólar por libra-peso. Na sequência das baixas, o farelo de soja, aos US$ 318,70 por tonelada, uma retração de 0,84%, referência dezembro.

Conforme José Carlos de Lima Júnior, sócio-diretor da Markestrat, as cotações futuras na CBOT seguem pressionadas pela melhora nas condições das lavouras dos Estados Unidos e perspectivas de clima favorável no cinturão produtor do país. 

“Como o clima tem contribuído com o plantio, o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) aumentou sua estimativa de área de soja em 3,48% em relação a 2023”, comenta o especialista, que também acredita que as cotações futuras na bolsa internacional deverão continuar com perspectiva de baixa. No fechamento da segunda-feira, 8, a soja, posição novembro, já havia encerrado o dia em queda (-2,67%) aos US$ 10,99 por bushel.

Quanto ao milho, após também encerrar a segunda com uma forte desvalorização de 3,83%, com o contrato para dezembro negociado a US$ 4,07 por bushel, o grão teve uma leve recuperação técnica na CBOT nesta terça-feira, com igual posição subindo 0,18%, aos US$ 4,08.

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No entanto, conforme análise da consultoria Safras & Mercado, um avanço significativo foi limitado diante da expectativa de uma oferta abundante do grão e as melhores condições das lavouras norte-americanas. Conforme o USDA, até 7 de julho, 68% das lavouras de milho do país estavam em boas ou excelentes condições; 23% em situação regular e 9% em condições ruins e muito ruins. 

Pressão de Chicago sobre negociações físicas

O início da semana tem sido marcado por poucos negócios, com o mercado brasileiro pressionado pelo comportamento de Chicago. De acordo com acompanhamento da Agrifatto, a derrocada das cotações da soja na CBOT impactou a precificação no interior do país no primeiro dia da semana, com quedas de até R$ 3 por saca em algumas praças. Em Paranaguá, Paraná, a saca da oleaginosa registrou retração, com a referência próxima a R$140.

Para o milho, a consultoria aponta certa resistência no mercado físico, com o cereal resistindo à pressão de oferta e mantendo a referência de Campinas, São Paulo, acima de R$56,00 a saca.

“Após registrarem perdas durante boa parte do pregão de segunda-feira, os futuros de milho retornaram e apresentaram oscilações mistas na B3, influenciados pela queda dos preços da commodity em Chicago, pelo avanço da colheita da segunda safra no Brasil e pelo movimento mais estável do dólar. O contrato setembro/24 (CCMU24) variou +0,07% e fechou o pregão regular de 08/07 cotado a R$ 57,89/sc”, avalia a Agrifatto.

À espera de relatório de oferta e demanda do USDA

Na próxima sexta-feira, 12, o USDA vai divulgar o relatório mensal de oferta e demanda.  Diante das recentes avaliações quanto à qualidade das lavouras norte-americanas e andamento da safra, as perspectivas apontam para dados positivos, fato que pode impulsionar ainda mais a pressão baixista.

Quanto à safra brasileira de grãos, os agentes não esperam significativos ajustes. No relatório de junho, o órgão internacional estimou a safra 2023/24  de soja do Brasil em 153 milhões de toneladas. Para o milho o USD previsão ficou em 127 milhões de toneladas.

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