Chuva marca fim de semana em quase todas as áreas do país

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas desta sexta, 22, até sábado, 23, para boa parte do país. Esse aviso abrange Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, oeste baiano, Mato Grosso, Rondônia, Acre, sul e oeste do Amazonas, boa parte do Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí. 

A frente fria que chegou nesta semana no Brasil está atuando na costa do Sudeste, o que propicia um corredor de umidade levando essas chuvas mais volumosas para essas regiões. 

“Esse sistema rompeu finalmente aquele padrão de pouca chuva e muito calor no Brasil. O que garante uma área preferencial de chuva neste fim de semana até pelo menos o início da semana que vem”, afirmou a meteorologista da Nottus, Desirée Brandt, ao Agro Estadão. 

A especialista aponta que essas precipitações são bem-vindas para o milho já plantado, mas alerta que essas chuvas podem não ser suficientes para os produtores de milho que ainda não semearam o grão. Como o Agro Estadão adiantou, esses dias devem marcar o fim da temporada chuvosa no Brasil.

“Essa chuva vai molhar o chão e aumentar a umidade do solo, mas quando começar o mês de abril aí ela vai embora e começa a se consolidar o período seco no país”, esclareceu Brandt. Além disso, as precipitações devem ser benéficas para os produtores de cana do interior paulista e áreas produtoras de café e algodão que já estão em estágio de desenvolvimento. 

De acordo com o Inmet, a região Sul do país deve ter pouca chuva e céu sem nuvens. Apesar disso, as temperaturas ficam mais amenas por lá, diferente da situação de alguns dias atrás com a onda de calor. 

O interior do Nordeste, especialmente norte e leste baiano, além de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e interior do Rio Grande do Norte, devem ter temperaturas mais elevadas. A probabilidade de chuva nessas áreas é baixa, principalmente no domingo, 24.

Risco de acamamento 

A meteorologista disse que “o pior já passou” sobre o risco de acamamento das lavouras. Ela explicou que as ventanias, causadoras desses tombamentos das lavouras, ocorrem principalmente quando a frente fria vai avançando pelas áreas. 

Como o fenômeno já está instalado na costa do país, as chances de ter ventanias mais fortes capazes de acamar as plantas é pequena.