Agropolítica

Brasil e Índia firmam acordo de cooperação em pesquisa agropecuária

Parceria entre Embrapa e Conselho Indiano prevê projetos conjuntos em biotecnologia, bioenergia e agricultura de precisão por cinco anos

A Embrapa e o Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola (ICAR) assinaram, nessa quarta-feira, 9, em Brasília, um memorando de entendimento para ampliar a cooperação em pesquisa agropecuária entre os dois países. O documento é resultado da visita do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça-feira, 8. 

De acordo com nota do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a colaboração com o conselho indiano reforça o compromisso do Brasil em buscar soluções sustentáveis, inovadoras e colaborativas para os desafios globais da agricultura. “Esta assinatura sedimentará ainda mais as relações no campo da agropecuária, abrindo novas possibilidades de negócios e de pesquisas”, afirmou o ministro Carlos Fávaro, por meio do comunicado.

“A parceria entre a Embrapa e o ICAR — Indian Council of Agricultural Research — amplia a cooperação histórica entre as duas instituições e foca em áreas como etanol de 2ª geração, pulses, bioinsumos, entre outras”, destacou a presidente da Embrapa Silvia Massruhá.

Segundo o Mapa, o acordo tem vigência inicial de cinco anos e prevê a realização de projetos conjuntos em ciência, tecnologia e inovação nas áreas de agricultura e recursos naturais. Entre os principais temas estão: biotecnologia, nanotecnologia, agricultura de precisão, automação, tecnologias da informação, saúde animal e vegetal, segurança alimentar, produção de bioetanol de segunda geração, desenvolvimento de culturas agrícolas de alto rendimento, biofertilizantes, biopesticidas e o fortalecimento de cadeias de valor pós-colheita.

Também estão previstas ações como o intercâmbio de cientistas, o compartilhamento de germoplasma e o desenvolvimento de pesquisas colaborativas em temas de interesse comum.

Para o desenvolvimento das ações, será criado um Grupo de Trabalho Conjunto (GTC), com representantes de ambas as instituições, que se reunirá a cada dois anos para acompanhar a execução das atividades e propor novos encaminhamentos.