Entenda as diferenças cruciais entre café arábica e robusta

Para produtores e consumidores, compreender as distinções entre as espécies de café Arábica e Robusta é fundamental, pois elas moldam desde o cultivo e o custo até o perfil sensorial da bebida final.

By: Redação Agro Estadão

Origens e habitats distintos

O café arábica, da Etiópia, prefere montanhas. No Brasil, prospera em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Já o robusta, da África Central e Ocidental, domina no Espírito Santo, Rondônia e Bahia, adaptando-se a altitudes menores.

Exigências de cultivo: Arábica delicado

Arábica exige mais cuidado: altitudes acima de 800m, entre 18°C e 22°C, com chuvas regulares. É sensível a geadas e secas, demandando um manejo mais intenso para garantir sua qualidade superior.

Exigências de cultivo: Robusta resistente

Robusta se adapta a até 800m, 22°C a 26°C, e alta umidade. Mais resistente a pragas e doenças, como a ferrugem, devido ao maior teor de cafeína, o que reduz a necessidade de defensivos e custos.

O ciclo produtivo e a rentabilidade

O robusta tem ciclo mais rápido e maior produtividade por hectare, atraente para quem busca volume. Arábica, embora mais caro, oferece maior valor agregado pela qualidade, especialmente em cafés especiais.

Café x cafeína: Um contraste claro

Robusta contém de 2,5% a 4,5% de cafeína. Arábica, por sua vez, possui de 1% a 1,5%. Essa diferença impacta diretamente no amargor e nas propriedades estimulantes de cada tipo de café.

Perfil bioquímico dos grãos

Arábica é rico em açúcares (6%-9%) e lipídios (15%-17%), essenciais para seu sabor complexo. Robusta tem menos açúcares (3%-7%) e lipídios (10%-11%), resultando em um perfil mais simples e terroso.

 O sabor na xícara: Arábica gourmet

Arábica oferece bebida adocicada, acidez vibrante, corpo médio e aroma complexo (floral, frutado, caramelizado, achocolatado). É o favorito do mercado de cafés especiais.

O sabor na xícara: Robusta encorpado

Robusta resulta em bebida mais forte, encorpada e amarga, com notas que podem remeter a madeira ou nozes. Valorizado pela cremosidade em espressos e para dar corpo em blends e cafés solúveis.

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